domingo, 19 de fevereiro de 2023

Parado...

não foi nada...

quando muito uma brisa emboscada

que apenas cessou...

era tarde... com todas as tardes

que destinadas estão à se acabar...

era brisa... mesmo com força ou não

ventos sempre são assim...

desapego... nem folhas caídas queria...

lixo nas ruas... sonhos...

pensamentos já esparsos...

não responda pergunta alguma...

redemoinhos são novas fantasias...

para carnavais que hão de passar...

gatos já dormem...

e a teimosia dos rios é apenas cena...

faça-me o favor... faça-me...

não chore e nem acorde mortos...

cata-ventos... pipas... bolhas de sabão...

balões... e alguma fumaça...

passeios de variadas nuvens...

moinhos brigam com cavaleiros...

a saia cigana rodopia...

dezenas... centenas... milhares...

a ciranda não recomeçará...

muitas rodas... girassóis cansados...

a rosa despetalada em tuas mãos...

a lágrima agora parada...

sem gravidade... como foto...

até a bomba dormiu...

aviões congelados...

não foi nada...

quando muito uma brisa emboscada

que apenas cessou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...