terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 228


 Ela está lá. Tranquila. Serena. Sem maldade alguma agora. Isso foi em outro tempo. Um tempo em que ocorria uma batalha em que eu era seu oponente. Como não lembrar? Mesmo que esqueça. Se a vejo. Alguma coisa vem em minha mente. Fazia parte. Mas ao mesmo tempo. Não fazia. Há quem goste. Eu não. Não foi como as que eu pedi. E estão lá também. Coloridas. Ou não. Ambas com data. Ela está lá. Ela. Elas. As muitas cicatrizes do velho corpo. Sem falar as da alma. Uma outra história...


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Eu tenho agora a calma. Um pouco ou muita. Cada coisa em seu momento certo. Mesmo o não-desejado, o não-querido, o não-avisado. Assim mesmo. Nem todas as surpresas felizes ou agradáveis. Alguns reencontros poderão acontecer ou não. Lamentar por isso há de aumentar a tristeza habitual que me acompanha. Mesmo quando rio de uma certa alegria. Eu agora tenho a calma. Um pouco ou muita. Não sou muito afeito  às medidas. Ela virá...


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Quero só o corpo

O teu corpo

Dispenso a alma

Almas ferem e muito

Bandeira disse 

E eu concordo

O corpo é a rosa

A alma - o espinho

O corpo quer 

A alma tem dúvida...


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O tempo veio me falar coisas ao ouvido

Coisas que deveria guardar comigo

Coisas que não deveria espalhar...

A vida veio me ensinar uma quase crueldade

Que deveria ser dessa forma mesmo

Porque ninguém é de ninguém...

O destino veio apontar o dedo na cara

Algumas coisas mudamos e outras não

Esperar o final não é mais do que podemos...


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Falta cais para tantos barcos

Eles querem atracar e não conseguem

Estão esperando sua vez

E tudo acaba certamente cansando...

Falta abismos para se voar

Minhas asas já se enferrujaram

Pois o tempo não perdoa ninguém

E elas poderão falhar quando pular...

Falta espaço para tanta saudade...


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Até um...

Até mais de um...

Explosão solar em espaço vago...

Raios de sol em vários jardins

Borboletas numa eterna dança...

Lugares-comuns que acabaram

Pegando um certo encanto

(A flauta e a serpente pois...)

Uma nova rota para barcos...

O corpo quase-novo

De algo-alguma-esperança...

Até um...

Até mais de um...


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Muitos tiros na manga... Muitos deles...

Não parar até que se pare...

(É simples lógica, viu?)

Os humanos magos tentar dançar

Mesmo que sob a chuva...

Iremos um livro nunca dantes escrito...

Flores definham como são...

Toma-lhe tempo e como!

Não falemos alguns nomes 

Até que tudo cesse de uma vez...

Muitas cartas no gatilho... Muitos deles...

Não parar até que se pare...

(É simples tragédia, viu?)...


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