sábado, 4 de fevereiro de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 223

Faça de conta que o sonho continua...

Faça de conta... Faça de conta...

As estrelas ainda não foram dormir

Em suas camas feitas de nuvens...

Os gatos ainda sobem nos muros

E os passarinhos ainda decoram o dia...

Vamos escrever mais alguns versos?

Mesmo falando de tristeza servem..

Faça de conta que o sonho continua...

A festa também... A festa também...


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Vento que venta ventando

Histórias que vai contando

Conta histórias

Derrotas e vitórias

Ri ou está amuado

Tem rido ou tem chorado

Vento que venta vendando

E sempre vai passando...


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Um voava com versos

Outro voava com asas

Quase o mesmo

Pássaros e aviões e poetas

No mesmo cristal...


Meus versos rastejam

Quais vermes

Saindo de exposto corpo...


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Alma sem gosto

alma sem cor

silenciosamente má...

Alma do mundo

alma sem razão

onde estão teus sonhos?

Alma sem mar

alma sem céu

tocaia me esperando...

Alma sem vida

alma sem alma

Morreremos nós dois?...


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A praça grita!

Admirável feito impossível

Com flores e meninos...

O sol acontece

Mesmo em dia de solenes chuvas...

O poeta caminha

Ainda que com passos pequenos...

Tudo amanhece

Até quando noites depois virão...

Vamos fazer silêncio

Para finalmente escutá-la...

A praça grita!...


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Telas com digitais

Feitos com miniaturas

Um deus novo

Que há de devorar

Seus fiéis mais fiéis...

Tela nas salas

Que mente para a mente

Vamos construir

Alguns novos idiotas?

É tão fácil...


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Nada contra e nada a favor,

Só tenho saudade 

Daquele tempo que era meu...

Foi bom ou foi ruim?

Não sei... Só sei que era meu...


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Cada poema é um rasgo

Um rasgo na roupa sem costura

Cada poema é um grito

Mesmo quando a boca está fechada

E eu ando assim tropeçando

Cada sonho é um pesadelo

Que um dia mais cedo ou mais tarde

Há de se transformar

Pela tristeza de não acontecer

Cada poema é um rasgo

Um rasgo no que chamamos alma...


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