Rostos sorridentes - imortalidade
Profano e sagrado - unidos
Que meu coração bata até exaurir
Que pare! Pode parar...!
Já bateu inúmeras vezes, incontáveis
Foram milhares delas, pois não?
Sombrinhas, varinhas-de-condão
Olhos brilhantes qual estrelas
Alceu é rei e incorpora Exu
Deus-movimento, pai e amigo
Colorido infinitamente infinito
Num céu mais que céu
Onde todos os elementos
Acabam se juntando numa grande festa
Mesmo que seja eu um solitário
Em ruas desertas por aí
Rostos sorridentes - a morte se atrasou
Profano e sagrado - a disputa teve trégua
O sangue correndo nas veias
Vindo lá do alto do mapa
A esperança remoendo o coração
Por dias que certamente não virão
Mas... o que importa agora?
Talvez o mundo pare um dia de girar
Mas não estarei mais aqui
Enquanto isso brinquemos
Como tantas outras vezes
Tentativas feitas de teimosia
Não podemos parar
Enquanto o destino não cobra fatura
Assim funciona o encanto
Místico e certamente mágico...
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