Qualquer dia eu rasgo as roupas,
Rasgo as nuvens,
Vou embora
Sem ninguém ter percebido...
Por que?
Ficar por aqui não faz sentido...
Logo, logo aproveito e mato os sonhos,
Mato o desejo,
Dou o troco
Na vida sempre fui o ofendido...
Desde quando?
Isso é desde que fui nascido...
Qualquer dia desses pego o barco,
Pego o caminho,
Bem depressa
Tiro sem nenhum estampido...
Por que?
Porque já está decidido...
Logo, logo vai se acabar o tempo,
Vai se acabar a ilusão,
Nada mais há
Acabou-se esse meu alarido...
Por que?
Porque nada faz algum sentido...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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