sábado, 24 de abril de 2021

Alguns Poemetos Sem Nome Número 99

Não tenho muito o que falar

A tristeza calou-me

E a solidão fechou seus ouvidos

Para as minhas reclamações...

Nesta pintura da vida

As cores estão todas desbotadas...


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Toquem uma música rápida!

Qualquer uma...

Sem importar ritmo ou idioma.

No volume mais alto que puderem...

Quero atrapalhar a saudade

Para que a tristeza não me consuma

Mais ainda do que está fazendo...


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A grande novidade?

A grande novidades é que não há novidades

Todas as novas tragédias

Estavam mais ou menos aguardadas

É assim que caminham os homens

Tropeçando em pedras

E com algum sangue...


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Ventos e ventos

Alguns muitos e outros poucos

Como fomos ou seremos

Nunca como somos

Velhas canções ou notas não vindas

O ainda é nossa esperança

Ou nosso desespero

O espelho é o grande juiz

Que condena ou absolve

Sem dúvida há dúvidas

Feito bando de passarinhos

Ventos e ventos

Quase que quase iguais...


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Cais sem barcos

Ruas sem passantes

Praça sem meninos

Fogueira apagada

O outono matou folhas

Os sonhos são nuvens

Ou caem no chão

Ou vão embora

Todo começo

Algo de bonito

Todo fim nem tanto.


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A minha rudeza tira folga

A minha brutalidade se esconde

Toda vez que te vejo

A minha maldade muda de ideia

O coração resiste mais um pouco

Toda vez que te vejo

Os pés cansados andam mais

Eu consigo escutar música

Toda vez que te vejo

Porém as coisas acabam mudando

E o medo da morte acaba morrendo

Toda vez que não te vejo...


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Eu poderia ter feito mais...

Poderia gritar enquanto todos calara

Ter adiantado pouco ou nada

Seria apenas um detalhe...

Poderia ter sido um pouco mais louco

Aproveitar algum encanto na vida

Depende de dom e de destreza...

Poderia ter rido mais um pouco...

O sal das minhas lágrimas

Quase cegaram os meus olhos

E nada mesmo adiantou...

Eu poderia ter feito mais bem mais...


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O sol agora usa avental

E as roupas são bandeiras no quintal

Quem me dera certas imortalidades

Que na verdade nunca terei

Queria que o tempo retornasse

Todas as vezes que fosse embora...


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