Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Coração Mecânico
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Até Quando, Até Vez
Até quando? Até que vez. Você nem sabe o que fez. Sonhou com sonhos mais normais. Com sucessos. E processos pelas capitais. Quem não vê o progresso. Num tal retrocesso. Estados gerais. É a rês. É a fez. Na cabeça dos generais. Até quando o comando não comanda mais. É a ciranda. E viva a banda. A Umbanda. A guirlanda com seus florais. Os florais de Bach. Os baques. Os saques. Mais normais. Estridentes tridentes doentes sensacionais. Dementes temperamentais. Viva as mentes. As gentes. Os elementais. É o nevoeiro. Perdi meu janeiro. Nem fui o primeiro. Lá nos meus quintais. E a dor que eu tive. No peito ainda vive. Mas eu ainda sou livre. Ainda sou bem mais. Bem mais que o certo. Meu peito aberto. Lá onde é deserto. É aqui bem perto. Não somos normais. São apenas as penas de frases loucas. Um beijo na boca. Foi lá bem atrás. Atrás do jardim. Coitado de mim. Não é bem assim. Chegou o meu fim. É tudo regalo. É a tudo encantá-lo. Num simples estalo. Mas que esqualo. Perigo na água. Castigo nas águas. Nas águas sem céu. Que pouco. É um louco. Veja lá coronel. Se eu não tenho razão. De estar tão tristão. Como fim de domingo. O zen do flamingo. Não dá pra esperar. O almoço tá posto. Estou bem disposto. É hora do jantar. Eu já tive a ideia. Lá na plateia. Nasceu a azaleia. É uma geleia. Mais que geral. É carnaval. É bacanal. É festival. É a tumba. É a rumba. Abalando geral. É necessário. Prioritário. O sanitário. O inventário. Viva a prata. Viva a mata. O carinho maltrata. Vida ingrata. Eu chuto lata. É mano é mana. Fim de semana. Vê se me engana. E me profana. O caldo de cana. Caixa de areia. A vida alheia. Minha sereia. É a única canção. Que sei tocar no violão. Hoje fiz serão. Fiquei acordado. Fiquei admirado. Nem olhei pro lado. Mas quando olhei já era tarde. Sou medroso e covarde. A fogueira arde. A maneira bacana. A balada cigana. É tanta saudade. Eu encho um balde. Sou sem maldade...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Traço Mágico
Traço mágico
Mirabolante ideia
O coração guarda tudo
Até as palmas da plateia
Música antiga
Como gostava da canção
Morreu o pássaro
Que havia em meu coração
Tapete voador
Voar sem ter asas
Das fogueiras só há cinzas
Apagaram-se as brasas
O meu quintal
Que hoje não é mais meu
Maninho me salva
Minh 'alma se perdeu...
The City of Clowns
Como todo burguês despudorado
Guardo em mim todas as contas
Os tapetes estão cheios por baixo
E nos armários nem se fala...
O meu carrão de luxo vai velozmente
Sonoramente como um deboche
Para os miseráveis da vida
E com vontade de matar um deles...
A vida é assim e assim sempre será
Alguns são lixos mais agradáveis
E outros apenas um simples lixo
Neste pesadelo quase freudiano...
Encho meus pulmões feito condenado
Crucifico mais um herói por dia
Enquanto faço minhas lições de casa
E com o meu politicamente careta...
Crueldade em todas as tintas
Mosquitos esmagados nas paredes
Passarinhos de asas cortadas
Pedaços de calçadas disputados...
Cada qual com seu pesadelo
Mesmo que invejando o alheio
Cada qual com sua mazela
Esperando ter a ferida do outro...
Fazemos lives para nós mesmos
Numa solidão nunca antes testada
Um Apocalipse mais que particular
Onde não há mais cavaleiros...
Vamos arrumar caprichosamente
Como espantalhos sem milharal
E colocar uma máscara na outra
O até quando é ilustre desconhecido...
Como todo ser humano inumano
Inventor de meus próprios fantasmas
Assassino de todas as inocências
Escrevo de moedas e de números...
Estou sempre entrando em crise
As mãos tremem no volante esportivo
Qualquer morte virou número
Covas só crescem na vertical...
Vamos fazendo esse grande espetáculo
Sem ter graça nenhuma e não terá
Porque vivemos entre os escombros
De uma cidade de sinistros palhaços...
domingo, 25 de abril de 2021
sábado, 24 de abril de 2021
Alguns Poemetos Sem Nome Número 99
Não tenho muito o que falar
A tristeza calou-me
E a solidão fechou seus ouvidos
Para as minhas reclamações...
Nesta pintura da vida
As cores estão todas desbotadas...
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Toquem uma música rápida!
Qualquer uma...
Sem importar ritmo ou idioma.
No volume mais alto que puderem...
Quero atrapalhar a saudade
Para que a tristeza não me consuma
Mais ainda do que está fazendo...
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A grande novidade?
A grande novidades é que não há novidades
Todas as novas tragédias
Estavam mais ou menos aguardadas
É assim que caminham os homens
Tropeçando em pedras
E com algum sangue...
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Ventos e ventos
Alguns muitos e outros poucos
Como fomos ou seremos
Nunca como somos
Velhas canções ou notas não vindas
O ainda é nossa esperança
Ou nosso desespero
O espelho é o grande juiz
Que condena ou absolve
Sem dúvida há dúvidas
Feito bando de passarinhos
Ventos e ventos
Quase que quase iguais...
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Cais sem barcos
Ruas sem passantes
Praça sem meninos
Fogueira apagada
O outono matou folhas
Os sonhos são nuvens
Ou caem no chão
Ou vão embora
Todo começo
Algo de bonito
Todo fim nem tanto.
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A minha rudeza tira folga
A minha brutalidade se esconde
Toda vez que te vejo
A minha maldade muda de ideia
O coração resiste mais um pouco
Toda vez que te vejo
Os pés cansados andam mais
Eu consigo escutar música
Toda vez que te vejo
Porém as coisas acabam mudando
E o medo da morte acaba morrendo
Toda vez que não te vejo...
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Eu poderia ter feito mais...
Poderia gritar enquanto todos calara
Ter adiantado pouco ou nada
Seria apenas um detalhe...
Poderia ter sido um pouco mais louco
Aproveitar algum encanto na vida
Depende de dom e de destreza...
Poderia ter rido mais um pouco...
O sal das minhas lágrimas
Quase cegaram os meus olhos
E nada mesmo adiantou...
Eu poderia ter feito mais bem mais...
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O sol agora usa avental
E as roupas são bandeiras no quintal
Quem me dera certas imortalidades
Que na verdade nunca terei
Queria que o tempo retornasse
Todas as vezes que fosse embora...
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New Seduction
Um fio - todos eles
Um desatino - todas elas
Não vi donde vim
Entrei pelas janelas
E rodopio feito louco feito mundo
Eu quero ser agora mais nada
Eu já fui a mais alegre madrugada
Morri feito um só segundo
Um tanto - todos eles
Um problema - só um tantinho
Caí foi lá de baixo
Virei o meu caminho
E esteticamente só gritando
Eu vejo teu rosto em todas paredes
Resumo fatídico destas cruéis sedes
Está tudo só começando
Um caso - todos eles
Um nó cego - triste piada
Não eu vi donde vim
Nossa sedução - um nada...
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Não Faz Sentido
Qualquer dia eu rasgo as roupas,
Rasgo as nuvens,
Vou embora
Sem ninguém ter percebido...
Por que?
Ficar por aqui não faz sentido...
Logo, logo aproveito e mato os sonhos,
Mato o desejo,
Dou o troco
Na vida sempre fui o ofendido...
Desde quando?
Isso é desde que fui nascido...
Qualquer dia desses pego o barco,
Pego o caminho,
Bem depressa
Tiro sem nenhum estampido...
Por que?
Porque já está decidido...
Logo, logo vai se acabar o tempo,
Vai se acabar a ilusão,
Nada mais há
Acabou-se esse meu alarido...
Por que?
Porque nada faz algum sentido...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
domingo, 18 de abril de 2021
O Etéreo Mais Pesado
Eu que o diga. Ou não... Em frases certeiras de uma indecisão que escorre dos bolsos até o dia do Juízo Final... Não fui eu, senhores! As feridas da alma fazem chorar bem mais... E mesmo com tantas estrelas pelo céu, nuvens teimam em cobri-las. Nada mais posso fazer que mascar meus chicletes em sóbrio silêncio.
Tudo muda. E, se repararmos, nem as cores já são as mesmas... Velhas fotografias parecem com alienígenas mesmo que sua origem seja assim declarada... Recordar é uma forma refinada de masoquismo, pode ter certeza de tal empenho, mesmo que as direções das setas sejam um tanto opostas...
Ainda não decidi para que lado olho. Se choro verdadeiramente ou ensaio uma nova comédia... Minha mente acaba olhando em todas as direções feito um bicho mais que arisco em dias de pleno susto... Esse frio noturno entra pela janela que esqueci aberta, isso não me importa mais...Os violentos dão socos tão fortes que acabam quebrando seus ossos. Bem feito...
Acabei me viciando com estreitos labirintos. E em comédias sem sentido algum, estas bem parecidas com todas as vidas... Tudo é apenas uma questão de espelho, nem os filósofos podem negá-lo, nem sempre a beleza das frases possuem exatidão e nem sempre o sentido pode corresponder à verdade...
Estar aqui ou não estar não é um dilema. O tempo e o espaço dançam uma valsa e pisam no pé um do outro... Acabam não reclamando e acham tudo muito engraçado. Eu mesmo rio dos meus tombos e acho que minhas gafes sejam piadas mais ou menos sofisticadas...
Entre o sótão e o porão está o que nos resta. Os cacos de vidro espalharam-se pelo chão, mas tudo é questão de pura dialética... O que é será um dia o não-é-mais e mesmo quando duvidamos disso, assumidamente, o erro é só nosso...
A bondade e a maldade flutuam pelo ar. Como num balé mal arrumado onde esse estranho par está embriagado sempre... Vistamos nossos andrajos, a esmola que pedimos nunca será o bastante - é a esmola de nossos enganos, não há bolso que possa contê-la...
Eu entro na primeira fila que aparecer. O motivo? Não ter motivo algum é o que existe de mais plausível, nossa loucura serve mais do que toda a morfina que possa existir... A ave caiu, o ovo quebrou, a flor murchou antes do tempo, minha carne treme de medo do nada...
O gato já comeu o canário. Tem alguma estrela aí pra me dar? Pode ser uma bem pequenininha, desde que maior que o sol... Dragões também são necessários de quando em vez. É tudo uma simples questão de charme...
Queremos alguns segredos menos conhecidos. Bolas de gude daquelas que tive um dia... E muitos gelados que vendiam na praia. Nada existe mais adiante e mesmo assim sobra alguma eternidade. Venturosa amnésia que nos pega às vezes...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
sexta-feira, 16 de abril de 2021
Efeméride Para O Nada
Esquecimento
Mais um igual à tantos outros
Tudo passa
Mesmo que pedras sejam gravadas
Transformação constante
Em tristes lápides apagadas
O tempo tem apetite insaciável
Nem o autor conhece plenamente
Qual sua obra
Flores murchas e água parada
Insetos mortos em suicidas mergulhos
Ecos de um abismo raso
Novidades mortas
Um simples estalar de dedos
O que comemos ontem?
Se comemos
Um vento bom acabou enjoando
Só o imprevisível pode ser previsto
A razão dá sonoras gargalhadas
E nossos ouvidos zunem
O que não queríamos chega até nós
Castelos são mais fáceis de derrubar
O segundo dia matou o primeiro
Com requintes de terna crueldade
O primeiro momento foi o único
A inspiração morreu
O dinheiro acabou
Algumas fotos causam calafrios
Por sua extrema e mórbida beleza
O niilismo saiu à francesa
Que a verdade não seja dita
Tudo converge ao mesmo ponto
E o ar agora se rarefaz
Talvez só os versos permaneçam
Mas nem isso
Podemos afirmar com certa certeza...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
quinta-feira, 15 de abril de 2021
Um Carro Bate No Meio do Poema (Poema Inspirado Num Verso de João Vicente Ramalho)
Um carro bate no meio do poema...
Meu poema era a noite mais enorme
Que o próprio espaço poderia ter...
Era meu corpo transmutado máquina...
Afinal é o que agora somos...
Foi mais rápido do que a luz
Que talvez não houvesse...
Faróis abrindo que nem olhos de susto
Para se apagarem para sempre...
Sem todavia qualquer morte
Porque a tristeza pode ser bem pior...
Apesar de todo barulho
Tenho quase certeza que ninguém escutou...
O som dos pneus derrapando
O metal sendo amassado de repente
Tenho quase certeza que ninguém escutou...
Ninguém sabe que horas eram
A madrugada não possui relógio...
A hora do sono... A hora do diabo...
Nossos anjos estão de férias...
Um carro bate no meio do poema...
Talvez nada que eu fale seja verdade
Por estar desmaiado entre as ferragens...
Ecce Homo (Texto de C.A. para C.A.)
Amo com insistência minhas lembranças, não me importo que de vez em quando sangrem como feridas que mexemos sem necessidade alguma. Para isso serve meu ainda coração: sentir ou lembrar que sentiu.
Não me sinto o melhor de todos, não por modéstia, mas pela realidade dos poucos troféus que um dia posso ter colecionado. Engana-se quem se acha o campeão de todas as coisas, muitos ganhos são perdas e, nesse caso o vice-versa funciona com perfeição.
Estou sempre à um simples passo do abismo, mas isso não possui importância alguma. A felicidade é o maior risco de todos e mesmo quando parece que não estamos procurando-a, na verdade estamos, mesmo que isso seja a coisa mais louca possível, tal como quem brinca de dar cabeçadas na parede.
Divirto-me com minhas próprias mancadas que, na verdade são muitas, é o que cada ser humano faz o tempo todo. O segundo que nos atrasamos, pode ser a chance perdida; o tombo captado pode ser o maior viral de todos os tempos, rir é a única opção que possuímos.
Sonho com tamanha insistência, assim como quem está com as mãos desprotegidas e vai colher muitas rosas. Seu perfume compensa cada expectativa que se cumpriu ou não.
Tenho procurado por todos esses anos que consegui ficar por aqui, algum sentido para aqui estar. Só consegui uma fraca pista: talvez a procura seja o objeto e não achar ser apenas um mero detalhe, depois de tanto tempo, desperdiçado ou não, isso é que realmente importa.
Estar em silêncio total ou gritando pode ser a mesma coisa, não modificarei o mundo como queria, mas modificar um pouco quem eu sou pode ser muito. Eu ando na vida como numa planície de areia movediça, mas quem não anda?
Gostaria de escrever palavras mais bonitas, versos geniais, poemas que fazem sorrir, mas elas não seriam as minhas, Não tenho culpa se a tristeza chega até os meus olhos e até ela merece ser falada.
O sol aparece novamente, mais um dia está fadado a vir e morrer, assim como tudo que existe ou poderia existir. A grandiosidade e a mediocridade têm que dividir seu espaço sem reclamações de ambos os lados.
Não sei quando morrerei, na verdade ninguém sabe, se pensa que sabe, falta-lhe certeza absoluta, assim como tudo que há. Só sabemos que ela é pontual em cumprir sua agenda, isso desde o começo dos tempos...
quarta-feira, 14 de abril de 2021
Pandemia
Pandemia
Pandemônio
Pai demônio
Viva o caos!
Viva os maus!
Uma fila interminável de pedintes
Uma sequência apática de ouvintes
Lógica torta filosofia morta...
Desprezados
Desprezos
Diz presos
Viva a fera!
Viva a quimera!
Uma fome insaciável de vagabundo
Uma logística de destruir o mundo
O que restou pouco se importou...
Pandemia
Pandemônio
Pan demônio
Fique quieta
Saia da reta!...
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
terça-feira, 6 de abril de 2021
Poesia Marginal 2 ou Todo Mundo
Todo mundo, porra nenhuma,
Sem diferença entre a pedra e a pluma,
Que sobreviva quem assim pode,
Quem ama transa, quem deseja - fode
Quem tem fome apenas engole,
Quem tem medo, corre, escapole
Todo mundo, quase tudo,
Vive bem mais quem for mudo,
Anda bem mais quem for cego,
O Eu já morreu, ficou o ego
Aquele que tem uma casa - mora,
Se não há roupa, é de bunda de fora
Todo mundo, mesma putada,
Cada ser humano vale o seu nada,
O seu nada guardado com carinho,
A rosa vale bem menos que o espinho,
O prato do dia é mais um prato vazio,
Até o fogo agora está sentindo frio
Todo mundo, toda malta,
A dignidade humana está em falta,
A maldade chegou e veio para ficar,
Quem veio me desmentir venha cá,
Está tudo acabado antes mesmo do fim,
O fim está quando a máscara cai,
Quando o amor deu tchau e se vai
Todo mundo, todo animal,
Pecado pequeno ou pecado capital,
Somos assim, sabendo ou sabendo não,
Qualquer negócio, esporte ou diversão,
Quem tem apenas um olho é o rei,
É a verdade: Eu só sei que nada sei...
Todo mundo, toda alcateia,
Queremos todas as palmas da plateia,
Também os likes que os dedos suportarem,
Todos os amores que não nos amarem,
Toda sutileza tem sempre um quê de rude
Assim como toda batalha termina em nude
Todo mundo, porra nenhuma,
Tentar viver antes que tudo se consuma,
Que reste de nós apenas o nosso nome,
A nossa decepção, a nossa derrota, a fome
E a morte virá em apenas em um segundo,
Acabando tudo, acabando todo mundo...
domingo, 4 de abril de 2021
Poesia Marginal 1
Não preciso ser bom, nem preciso ser mal,
Só preciso ficar bem à vontade,
Tomar banho na tempestade,
Dançar sob este temporal...
Não preciso me esconder, nem me exibir,
Só preciso ser aquilo que sou,
Pelos caminhos que eu vou,
Tanto faz chegar ou partir...
Não preciso ser largado, nem preciso ser formal,
Desde que fale o que quero,
Nada mais eu espero,
Acabou meu carnaval...
Não preciso ser o mocinho ou ser o vilão,
Posso ser qualquer um dos dois,
O que vem antes ou vem depois,
Qualquer uma estação...
Não preciso ser sussurro, nem preciso ser jornal,
Eu sou o passar de todos anos,
Todos acertos, todos enganos,
Nada que seja excepcional...
Não preciso ser a ofensa, nem ser a prece,
Nem o afago e nem a ferida,
Sou a morte, mas sou a vida,
O que definha ou cresce...
Não preciso ser o mundo, nem o quintal,
Sou luz da noite, sou luz do dia,
Apenas um pouquinho de poesia
Que chamam de marginal...
Um Meu Outro Silêncio
Ando...
E por onde andar
minha sombra me perseguirá...
Junto com ela minha dor
o culpado foi o meu amor...
Olho para o chão...
É aonde posso olhar
pois meu segredo ninguém verá...
Não quero ver as estrelas
não há mais porque vê-las...
A boca se cala...
Não há mais o que cantar
não há motivo não há...
Já se passou o tempo
e agora só há contratempo...
Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...