Faltam andorinhas ou quaisquer outros vidros
No céu dos que não mais sonham...
Um dia, há muito tempo, eu acho pelo menos,
Haviam outros ares que o menino respirava.
E eram tão bons todos os dias, mesmo os solitários,
Em que achar formas de se divertir, já divertia...
Faltam estrelas ou quaisquer outros desenhos
No céu dos que não mais anoitecem...
Um dia, era muitos os de ócio, eu sentia pelo menos,
Ir ao parque de diversões à noite era tão bom.
Eu respirava o ar que vinha do mar com a avidez
Dos que sentem uma coisa estranha sem saber de onde...
Faltam doces ou quaisquer outro deleites
No céu dos que teimam em ficar por aqui...
Um dia, eu fui o primeiro da fila, eu acho pelo menos,
Quando nada sabia e isso era até muito bom.
E meus sonhos não possuíam alguma forma precisa
Como se eu fosse o maior dos pintores abstratos...
Faltam brinquedos ou quaisquer outras magias
No céu dos que ainda sentem medo...
Um dia, eu fui senhor de mim mesmo, eu acho pelo menos,
Os ursos de pelúcia também cantavam e falavam.
E mesmo os desenhos da televisão preta-e-branca
Eram o bom começo para muitas aventuras...
Faltam amores ou quaisquer motivos de viver
No céu dos que já perderam de uma vez seus olhos...
Um dia, eu te amei como ninguém amou, eu acho pelo menos,
Eu queria esconder um segredo que nunca consegui.
Eu te seguia passo por passo como um ladrão que faz barulho
E que nunca terá nenhum de seus pecados perdoado.
Faltam andorinhas, faltam andorinhas...
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