terça-feira, 24 de novembro de 2015

O Muro


E como disparava meu coração
No fundo do quintal havia um muro
Além dele só a minha imaginação
E um grande medo do meu futuro...

Muro feio e malvado

Causa da minha aflição
Eu num canto calado
Como o fim do verão

E como eu olhava sem olhar

No fim da reta havia um muro
E eu nem podia mais sonhar
Com tanto medo do escuro...

Muro sério e rude

Causa do meu desespero
Eu fiz tudo que pude
Usei todo meu esmero

Contei um por um aqueles dias

No fim do mundo havia um muro
Onde não haviam mais alegrias
Apenas aquele lado obscuro...

Muro sórdido e ruim

Causa da minha loucura
Eu não era triste assim
Foi essa humana aventura

E não deu mais pra correr

No fim da vida havia um muro
Só nos resta agora é viver
Com todo zelo e apuro...

Muro bom e incompreendido

Causa da minha sorte
Talvez em tudo haja sentido
Até sentido em minha morte...

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