terça-feira, 6 de agosto de 2013

Cinquentanos

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não se há de correr do tempo ele virá em largas passadas nem se correr da vida a vida é feita de nadas como a matéria espaço de ar comprimido aliás nem ar espaço condicionado e sentido desfile de fotografias antigas onde existiam caras amigas volatizadas eram modas eram novidades e hoje apenas inutilidades eram modas eram surpresas e hoje apenas inúteis presas textos indecifráveis segredos inconfessáveis sentimentos imprestáveis quando muito deploráveis e por natureza insaciáveis era muito tempo e o menino queria mudar o mundo era muito tempo e talvez não fosse um segundo era muito tempo e poço talvez não muito fundo era muito pra que se esperasse era muito que vingasse era muito e era um impasse eram palavras escritas aos borbotões eram mais que isso ´perigosas emoções rimas malfeitas de feitas conspirações letras obedientes ao acaso que riam e riam do mesmo atraso e que sabiam qual era o caso letras e letras tão mal lembradas indo e indo e não indo nada sem canto encanto ou talvez até um um canto que seja apenas isso e isso seja um não compromisso que faça sem ser omisso estraga a praga dessa insana dor que faça a massa qualquer louvor quem leia me creia não há como matar o cão e o menino que estão sempre a se misturar um ri o outro chora um quer partir e o outro não quer ir embora quem são aí que está são tão os dois que não há como separar um é feio o outro bonito um é reza o outro é delito um pula e salta o outro é falta se um recusa outro pede bis de um vem o choro o outro é feliz um vive teimoso o outro é o triz um só quer o ar e o outro é raiz vamos avante vamos ante o temporal que se aproxima lá em cima é só o clima é a sina de quase tudo que eu chorei e ainda não sei qual é o final e é menos mal ainda existe um carnaval e um temporal que não se acabou é como um prédio que desabou estamos aí mas sairemos e no final nada teremos...

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