A casa traz saudades. Está lá. Mas não está de verdade. Está num coração sujo. Mas sem maldade. Num coração aflito. E todo esse grito. É enorme. É disforme. E vai trazendo apenas palavras. Escravas. Escravos de Jó. Fumaça. E pó. Trapaça. E nó. E nós. Sem voz. Esforços dispersos. Em versos. Que nunca publiquei. Nem sei se vale a pena. A pena é sentir a falta. A pauta. A pauta sem ter mais dia. Quem diria? Os pássaros estão cantando. É ele que vai chegando. Já veio. É feio. Mas vou disfarçando. Ontem nem vi o fim. Meu Deus que será de mim? Tudo é sólido. Que nem o ar. É sórdido. Mas sei amar. O mar. Que nunca me viu cantando. A ave perdeu seu bando. Até quando? Não dá pra ver mais nada. A solidão é uma piada. Contada de trás pra frente. Demente. De mente já me embriaguei. É lei. Nascer pra esperar a morte. Vinda do norte. Sem sorte. Esperando quem vai partir. Pra sentir a fila que já avança. Esperança. Espero mais que tudo. Me iludo. Um erro de cada vez. Nem sei falar mais inglês. Só sei o que não quero. É vero. É coisa minha e sua. É rua. Já morreu aquele meu quintal. Desculpe. Não me leve à mal. Todo ano tem carnaval. Todo sonho tem seu final. A novela é sempre igual. É a vista. É à vista. Minha vista cobriu geral. Morreu o meu bacurau. Voava e assim voava. Seu riso me amedrontava. Eu dou a minha palavra. Eu juro pelo meu amor. Não quero mais sentir dor. Se é que tem algum valor. O tempo promete chuva. A vista ficando turva. Mais nada depois da curva. Mais nada é novidade. Venceu a idade. Apagou o lampião. Era ruim e era bom. Era vento sem estação. O sono se prolongando. E o sonho nos esperando. Era o auto. A viagem. A notícia. A bobagem. Era a vela e a imagem. Era os sinos que não batiam. Ou mais algo que não sabiam. Era algo que tudo fez. A semana. Ou o mês. Se tanto faz. Tanta vez. Era coisa tanta. Que espanta...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 24 de agosto de 2013
A Casa & Outras Coisas
A casa traz saudades. Está lá. Mas não está de verdade. Está num coração sujo. Mas sem maldade. Num coração aflito. E todo esse grito. É enorme. É disforme. E vai trazendo apenas palavras. Escravas. Escravos de Jó. Fumaça. E pó. Trapaça. E nó. E nós. Sem voz. Esforços dispersos. Em versos. Que nunca publiquei. Nem sei se vale a pena. A pena é sentir a falta. A pauta. A pauta sem ter mais dia. Quem diria? Os pássaros estão cantando. É ele que vai chegando. Já veio. É feio. Mas vou disfarçando. Ontem nem vi o fim. Meu Deus que será de mim? Tudo é sólido. Que nem o ar. É sórdido. Mas sei amar. O mar. Que nunca me viu cantando. A ave perdeu seu bando. Até quando? Não dá pra ver mais nada. A solidão é uma piada. Contada de trás pra frente. Demente. De mente já me embriaguei. É lei. Nascer pra esperar a morte. Vinda do norte. Sem sorte. Esperando quem vai partir. Pra sentir a fila que já avança. Esperança. Espero mais que tudo. Me iludo. Um erro de cada vez. Nem sei falar mais inglês. Só sei o que não quero. É vero. É coisa minha e sua. É rua. Já morreu aquele meu quintal. Desculpe. Não me leve à mal. Todo ano tem carnaval. Todo sonho tem seu final. A novela é sempre igual. É a vista. É à vista. Minha vista cobriu geral. Morreu o meu bacurau. Voava e assim voava. Seu riso me amedrontava. Eu dou a minha palavra. Eu juro pelo meu amor. Não quero mais sentir dor. Se é que tem algum valor. O tempo promete chuva. A vista ficando turva. Mais nada depois da curva. Mais nada é novidade. Venceu a idade. Apagou o lampião. Era ruim e era bom. Era vento sem estação. O sono se prolongando. E o sonho nos esperando. Era o auto. A viagem. A notícia. A bobagem. Era a vela e a imagem. Era os sinos que não batiam. Ou mais algo que não sabiam. Era algo que tudo fez. A semana. Ou o mês. Se tanto faz. Tanta vez. Era coisa tanta. Que espanta...
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