Imagino uma pilha de vidros estilhaçados
Vidros muitos deles e outros ainda mais
São apenas alguns sonhos estraçalhados
Que não voltarão jamais...
Imagino uma pilha de brinquedos quebrados
Que jazem agora em qualquer um canto
Um dia foram aqueles os mais esperados
Mas acabou-se todo encanto...
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Amo as coisas pequeninas
Aqueles que se mexem
E aquelas que imóveis estão
Tudo é tão terno tão suave
E cabem na minha mão...
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Eu sempre falo com as nuvens
Elas não me respondem ou não escuto
Eu sempre falo com as nuvens
Eu só consigo vê-las lá em cima
São nuvens e o menino que eu era
Ainda consegue chegar perto delas...
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Por mais rebelde que seja
Por mais que grite entre os homens
Por mais que meu sangue suba nas faces
Não há nada mais poderoso que o sonho
Não há nada mais forte que a ternura
E o sonho manda entre as gentes
Mesmo ao mais desesperado
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