terça-feira, 15 de março de 2016

O Grande Teatro da Morte


A morte não existe por isso ela existe demais
São rajadas de ventos ou brisas macias temporais

Eu morri quando meu amor me deixou

Quando uma grande amizade se acabou
Quando meu brinquedo foi quebrado
Quando meu grande plano deu errado

A morte não existe por isso ela existe demais

É a rotina dos dias e os dias de guerra sem paz

Eu morri quando minha fé se estremeceu

Quando a minha vista de repente escureceu
Quando o parque de diversões foi embora
Quando começou à chover muito lá fora

A morte não existe por isso ela existe demais

E sempre vem dançar faceira em meus festivais

Eu morri quando a poeira se levantou do chão

Quando todas as certezas foram num caixão
Quando vi que apenas representava uma peça
Quando ela acaba é porque apenas começa

A morte não existe por isso ela existe demais

Existe tanto barco esperando a partida no cais...

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