segunda-feira, 27 de abril de 2015

Insaneana Brasileira Número 72 - Apenas Mais Um

Mais um. Hoje tem nova invenção. Aviso na rede social. E humanos que somos apenas um mais carnaval. Invertendo palavras e invertendo medidas. É o nosso solo patético. E a primeira das últimas vezes em que choramos. Nada pode ser mais engraçado do que isto. Um nome. Um número. E uma lembrança eterna que passará rápido como num desenho animado. Não façam isso. Curtam a moda e olhe lá. A moda que se distribui pelas ruas nas bancas de mais outros infelizes. Nunca estamos aqui. Mas estamos aí na mais incongruente lógica sem medidas específicas. Adjetivando todos os dados que pudermos. Tudo muito lindo. Mesmo quando nosso coração reluta em brados mais covardes. Não sabemos quais letras formam as novas palavras nossas novas invenções mais caras. Quebrem-se todas as estruturas. Que os sinais tenham mais algum valor. Somente ecos e bandeiras estendidas nos varais. E muros pulados em segredos mais públicos. Eu me esqueci de tudo que um dia senti e ainda de tudo que eu quis. Só sei atitudes sábias de um douto ignorante. Nada mais senão a falta de paz. E um abrigo de secas folhas sem dano algum. Caíram todas do pé. Mas não eram frutas. Eram espelhos quebrados e outros vidros afins. Um baticum bate a batida de florestas que não existem mais. Um cigarro e meio é aceso em todos os rituais. Palmas para quem te quero. E pernas em balanços tranquilos em célebres cadeiras de balanço. Até o monstro emerge sem lagoa alguma. Momentos de pura expectativa. Se o time perde há muito luto. Mas se nossos antepassados se vão nem vemos. É uma ficha é um pano rasgado sem vírgulas. Ísis perdeu seu véu anteontem mesmo. E anda nua pelos bosques de um tempo sem tempo. O que aconteceu? Nada. Nada mesmo. Os cigarros queimam rápido e ainda assim permanecem no ar. Não tenho canções. Nada entendo de idéias geniais. Mas sou invencível. Já que não se pode vencer aquilo que já se perdeu faz tanto tempo. Era a hora exata quando eu perdi o ônibus. Era o tempo exato aquele que eu deixei pra trás. Eram luas e sóis enfeitados num papel colorido e brilhante. Até metálico talvez. E os aviões em jogos mais infantis num ar que desconheço. Eram os pontos cardeais me enganando. E tudo mais que na verdade eu não queria. Doces amargos e estações sem propósitos maiores. Não tenho cultura alguma e as descobertas que fiz tiraram até a alma do faraó. As cinzas queimam novamente e au até quase me alegro com isso. Artificialmente natural. Todos são alegres carpideiras numa peça de teatro ao ar livre. Todos são inocentes até que se prove ao contrário. Todos estão logados até que a bateria se esgote. Eu não sei fazer mais nada à não ser respirar. E tento fazer isso muito bem. Eu admiro frases de efeito e xingo até a minha mais escondida sombra. Sou eu que gritou sem desespero e ri sem temer nada. Eu o fiz e assumo toda a culpa possível. Sou o Golem nascido de um ventre. E o aborto poderia ter sido divino sem culpa alguma. Sou eu mais um número e bença e tchau...

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