não existem sonhos.
sonhamos que sonhamos
com o inatingível - os sonhos.
e como isto não nos basta
simplesmente nos desiludimos.
e a desilusão é o caminho
(por certo o mais curto)
em direção ao nada.
ao chegarmos ao nada - retornarmos.
acalentaremos com amor
em nossos braços
o filho que não temos.
caminharemos por entre escombros
de nossas próprias ações.
montes e montes de lixo
de homens modernos que somos
e ainda gritamos: somos felizes!!!
(pela incapacidade do vocabulário
descoberto de nossos corações).
enfileirados como soldados
vamos marchando contra os espelhos
para quebrá-los e nos ferirmos
com sua centena de cacos.
eu não sei onde estamos...
nossos estômagos controlam emoções.
temos bússolas no meio das pernas.
nossas roupas (mais que a pele)
são importantes para nós.
não existem sonhos.
sonhamos que sonhamos
com o inatingível - os sonhos.
(sepetiba, rj, 13-01-1997)
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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ResponderExcluirParabens :)