Os dias comuns merecem meu apreço...
São aqueles que nada acontece mas nada nos fere...
Não conseguimos grandes amores impossíveis
Mas também não choramos por paixões malvadas...
Não participamos de grandes aventuras
Mas conseguimos ir até o seu final respirando...
Não são dias de grandes cores numa aquarela
Mas os seus tons de amarelo tranquilo nos protegem...
Neles não existem grandes risos e mas nem grandes choros...
São os dias que nossos passos vão onde vão
E se não corremos também não paramos...
Conseguimos enfim simplesmente vivê-los...
Tudo que estava sendo esperado acabou vindo...
Tudo que deveria acontecer simplesmente aconteceu...
Não aconteceram belas surpresas
Mas nada nem ninguém nos feriu...
São dias comuns... Sem muito sol nem muita chuva...
Dias comuns que passam como que desapercebidos
Mas que deveriam ter o nosso agradecimento...
Não deixamos de ser humanos por sermos iguais...
Um dia a mais foi passado tão suavemente
Que deles ingratos que somos nunca mais lembraremos...
Foram dias que nos acolherem em sua morna alegria...
Ninguém foi embora... Nenhum barco naufragou...
E até mesmo os soldados esqueceram suas guerras...
Os pássaros cantaram sua cantoria para o mesmo sol...
Foram apenas dias e dias comuns...
E como gosto deles...
Nenhum comentário:
Postar um comentário