sábado, 6 de junho de 2015

Faz Parte da Arte


Pro estranho eu que sou o estranho
E às vezes sou estranho pra mim mesmo
Qual será o verdadeiro tamanho?
Cada decisão é mais um tiro à esmo
Pro estrangeiro eu sou o estrangeiro
Pra quem mente a mentira é a verdade
Inverta a fila e quem será o primeiro?
O estrategista é apenas mais um covarde
Pro mal é o bem que acaba sendo o mal
As carpideiras acabam sempre ganhando
Há algo mais triste que o fim do carnaval?
De tanto que rimos no final estamos chorando
O carrasco pode ser um bom pai de família
O vírus está fazendo sempre seu trabalho
O fogo dos incêndios também sempre brilha
Todas as vezes que planejo é que eu falho
A bailarina acaba tropeçando no seu passo
Caiu no palco e assim mesmo aplaudiram
Andam de braços o sucesso e o fracasso
São bons amigos que sempre nos atiram
Pro feio só é mais feio aquilo que é bonito
Pro torto o correto é que incorreto está
Olhem só como meu coração está aflito
Alegria e tristeza moram no mesmo lugar
Eu gritei tanto e foi tudo apenas em vão
Igual gritar na praça ou gritar em segredo
Faz tanto frio em cada um dia de verão
Eu jaz fiz tantas brincadeiras com o medo
Como cacos de vidro a vida se espalha
Em todos os lugares existe a sua parte
A vida? A vida é apenas mais uma batalha
E morrer faz parte dessa grande arte...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...