É veludo pra mais de palma nossas conversas em serão. Umas conversas assim que nem retalho costurado. Hum... Entresegredos porque as guerras estão em dias contados. Umas declaradas e outras nem não. É bom nem tocar no assunto. Bebum de cerda longa. Crescem dedos extras nas mãos já calejadas de apertar botões. Puro sando. E corinhos que rodam. Rodopiam sim. Pirilampa safada. De muita carne e pouca alma. Muita promoção no mercado. É festa de cerveja. Um enchecara de alémvício. Ah tá. Nem falemos mais nisso. Nem um balido cabeça-grande. Nem um pio cria de quintal. Tome conta da sua tempestade viramundo de primeira ideia. Morda a língua safardana. Aqui em meio às cobertas tem mais segredos do que se imagina. É o povo e a que veio sempre. Tome um gole. Não faz mal. O que faz mal é o somenos pelo que somos. Gente mesmo que isso seja lá um pouco de vergonha. Rimas sem propósito propositalmente. Me entenda aí catrunco de berra! Se eu invento palavras novas é comigo mesmo! São filhas queridas como folhas que caíram no chão e secaram. O menino de olhos claros jaz debaixo da terra num onde vai. Caminhos e caminhos que dão medo. Sombras e sombras que continuam há seculos. Matunco cuidado! Nenhum foguete faz mais que os pés. É barro e toma-lhe cansaço. Todas as facas já se comeram. Era metal e só. Onde estão? Nenhum indício de ventos. Tudo parou num quadrado de bola. Numa casa sem janelas e sem portas e sem telhados num canto qualquer. Placas falando de solidão e precisão. E precisamos muito. É a necessidade do comum. Do igual. Do pequeno. Ser grande é ocupar espaço. E aparecer não é bom. Não proteste. Fica quietinho que nem um lanudo. Casacos servem pra frio. E faz frio todo dia. Bolinhas de gude perdidas à vera. Cabou a cerveja porra! Ah maldade... Eu bebia cada gole num estala-língua dos bons. Era muito e não era nada. Faz parte do retalho entonce. Mais um copo só e vamos que vamos na descida da ribanceira. Escorregou caiu. Sem pausa sem nada. Sem controlo oras. Tá pra nascer o macho que me diga não. Tá pra nascer a lei que mate o meu coração. Que pare o mar. E faça voltar o vento que vem por aí. Berê cadê tu mulher? A glicose anda feio né dona ruça? É muito jasmim cheirando o ar que me embrulha até os olhos. Cansado de vidro sim e sim. Muito refrigerante e bolinhos pra conversa. Simples simples. Que nem os cacos que sobraram da briga. Melenda de rosto nito. É o que temos pra hoje. Ziquinha, meu chá!
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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