segunda-feira, 14 de julho de 2014

Insaneana Brasileira Número 39 - Tudo Claro, Tudo Bem

Resultado de imagem para café na padaria
Numa mesa de padaria lanchando domingo de manhã. Ainda sonos atrasados de ontem na última cerveja. E um quase-sol querendo chegar no tempo errado. Eu estou doente e no fim da esperança. Pelo menos das coisas humanas que cabem na mão ou na tela. Não há mais desculpas para inventar. E frases bonitas nas redes sociais se mostram mais impotentes de que quando faltou a pílula no bolso. Humanos. E por isto mesmo errados ao extremo. As bombas escurecem o céu e ninguém faz nada senão aplaudir. Abram alas ao insano que chega e pede passagem. Carnaval o tempo todo. É a invenção da invenção da invenção. É meu refrigerante diet com toques de charme neo-burguês. Porque as coisas acontecem como água numa parede. Mal vemos e ali estão. Viva as pequenas aranhas que pacientemente tecem o nada! Viva a tinta fresca que repete cores! Por acaso trago sempre trago um diamante no bolso de reserva. E o domingo já se transformou na preguiça da segunda. Cada passo calculado entre a mentira e a verdade. E cada antiga moda que perdeu sua máscara. Quilômetros e quilômetros de letras em papel de pão. Eu não sei de nada. E disfarço isso fazendo desenhos na areia com o dedão do pé. Dói cada centímetro do meu ser. Mas eu esqueci de reclamar. Noites de magia. E dias escuros de muito frio. Foram pesadelos da noite passada. E o que mais vier. Vamos acordar mais cedo. E compor rocks que valham a pena de se ouvir. Eram tempos bons aqueles. Apesar de não mais causarem saudades. A minha velha jaqueta jeans já foi embora. A velha calça também. E os tênis que acompanharam muitas jornadas. Não me perguntem pelo gostos. Muitos misturaram em minha boca. E outros tantos desceram de garganta abaixo. Cada palavra foi bem escolhida ao acaso. E o coração falou mil línguas mortas e entretanto vivas. Eu não quero! Eu não quero! Mas podem me dar logo... O brinquedo novo jaz caído num canto da sala na grande caixa de desilusões óbvias. Como notícias apavorantes de uma nova guerra. Queremos paz para o dia seguinte. Queremos porque queremos e isso é um bom motivo. São vários corações desenhados no papel e flores despetaladas. Um momento senhores! Essa é a cena perfeita para ser imortalizada pelas nossas lentes... É um beijo lascivamente cheio de retoques que nunca acaba. Mesmo que os folhetins nos enganem diariamente...

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