Numa mesa de padaria lanchando domingo de manhã. Ainda sonos atrasados de ontem na última cerveja. E um quase-sol querendo chegar no tempo errado. Eu estou doente e no fim da esperança. Pelo menos das coisas humanas que cabem na mão ou na tela. Não há mais desculpas para inventar. E frases bonitas nas redes sociais se mostram mais impotentes de que quando faltou a pílula no bolso. Humanos. E por isto mesmo errados ao extremo. As bombas escurecem o céu e ninguém faz nada senão aplaudir. Abram alas ao insano que chega e pede passagem. Carnaval o tempo todo. É a invenção da invenção da invenção. É meu refrigerante diet com toques de charme neo-burguês. Porque as coisas acontecem como água numa parede. Mal vemos e ali estão. Viva as pequenas aranhas que pacientemente tecem o nada! Viva a tinta fresca que repete cores! Por acaso trago sempre trago um diamante no bolso de reserva. E o domingo já se transformou na preguiça da segunda. Cada passo calculado entre a mentira e a verdade. E cada antiga moda que perdeu sua máscara. Quilômetros e quilômetros de letras em papel de pão. Eu não sei de nada. E disfarço isso fazendo desenhos na areia com o dedão do pé. Dói cada centímetro do meu ser. Mas eu esqueci de reclamar. Noites de magia. E dias escuros de muito frio. Foram pesadelos da noite passada. E o que mais vier. Vamos acordar mais cedo. E compor rocks que valham a pena de se ouvir. Eram tempos bons aqueles. Apesar de não mais causarem saudades. A minha velha jaqueta jeans já foi embora. A velha calça também. E os tênis que acompanharam muitas jornadas. Não me perguntem pelo gostos. Muitos misturaram em minha boca. E outros tantos desceram de garganta abaixo. Cada palavra foi bem escolhida ao acaso. E o coração falou mil línguas mortas e entretanto vivas. Eu não quero! Eu não quero! Mas podem me dar logo... O brinquedo novo jaz caído num canto da sala na grande caixa de desilusões óbvias. Como notícias apavorantes de uma nova guerra. Queremos paz para o dia seguinte. Queremos porque queremos e isso é um bom motivo. São vários corações desenhados no papel e flores despetaladas. Um momento senhores! Essa é a cena perfeita para ser imortalizada pelas nossas lentes... É um beijo lascivamente cheio de retoques que nunca acaba. Mesmo que os folhetins nos enganem diariamente...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Insaneana Brasileira Número 39 - Tudo Claro, Tudo Bem
Numa mesa de padaria lanchando domingo de manhã. Ainda sonos atrasados de ontem na última cerveja. E um quase-sol querendo chegar no tempo errado. Eu estou doente e no fim da esperança. Pelo menos das coisas humanas que cabem na mão ou na tela. Não há mais desculpas para inventar. E frases bonitas nas redes sociais se mostram mais impotentes de que quando faltou a pílula no bolso. Humanos. E por isto mesmo errados ao extremo. As bombas escurecem o céu e ninguém faz nada senão aplaudir. Abram alas ao insano que chega e pede passagem. Carnaval o tempo todo. É a invenção da invenção da invenção. É meu refrigerante diet com toques de charme neo-burguês. Porque as coisas acontecem como água numa parede. Mal vemos e ali estão. Viva as pequenas aranhas que pacientemente tecem o nada! Viva a tinta fresca que repete cores! Por acaso trago sempre trago um diamante no bolso de reserva. E o domingo já se transformou na preguiça da segunda. Cada passo calculado entre a mentira e a verdade. E cada antiga moda que perdeu sua máscara. Quilômetros e quilômetros de letras em papel de pão. Eu não sei de nada. E disfarço isso fazendo desenhos na areia com o dedão do pé. Dói cada centímetro do meu ser. Mas eu esqueci de reclamar. Noites de magia. E dias escuros de muito frio. Foram pesadelos da noite passada. E o que mais vier. Vamos acordar mais cedo. E compor rocks que valham a pena de se ouvir. Eram tempos bons aqueles. Apesar de não mais causarem saudades. A minha velha jaqueta jeans já foi embora. A velha calça também. E os tênis que acompanharam muitas jornadas. Não me perguntem pelo gostos. Muitos misturaram em minha boca. E outros tantos desceram de garganta abaixo. Cada palavra foi bem escolhida ao acaso. E o coração falou mil línguas mortas e entretanto vivas. Eu não quero! Eu não quero! Mas podem me dar logo... O brinquedo novo jaz caído num canto da sala na grande caixa de desilusões óbvias. Como notícias apavorantes de uma nova guerra. Queremos paz para o dia seguinte. Queremos porque queremos e isso é um bom motivo. São vários corações desenhados no papel e flores despetaladas. Um momento senhores! Essa é a cena perfeita para ser imortalizada pelas nossas lentes... É um beijo lascivamente cheio de retoques que nunca acaba. Mesmo que os folhetins nos enganem diariamente...
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