Que ao menos sobrevivamos
Com Dantes e sem infernos...
Água que nos queima sempre
Até onde nós estaremos?
Picardia certeira feito sopro
Eu ainda sei alguma coisa?
O rosa de sua lingerie
Me faz divagar até acordado...
A maldição está lançada
Feito uma pipa na água?
Nossas poucas moedas
Conseguirão comprar Judas?
A musa tem os dentes cariados
E várias cicatrizes pelo corpo...
Aprenderei a falar patulês
Antes dessa novela de risos?
A perfeição é um pitbull gago
Que sonha em roer as janelas?
Minhas vertigens têm horário
E neles há chás com biscoitos...
O faraó agora decidiu somente
Que irá colecionar formigas?
Minha depressão dança polca
Enquanto colhe uvas em roseiras?
O moderno monstro do pântano
Planta couves em apartamentos...
Saberemos cumprir a tradição
Da vulgaridade mais moderna?
Ainda somos uns seres humanos
Ou moscas mortas num jarro?...
(Extraído da obra "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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