Estranho até que não seja
Comum até que possa enjoar
Aquilo que não queremos - temos...
A dor no corpo, a dor na alma
A queda da escada, o trauma...
Vulgaridade mais do que rara
O mau vem disfarçado de bom
Aquela bala perdida - se achou...
A fome mata, a sede tortura
A própria doença pode ser cura...
Malícia que pode ser inocente
A morte é pontual em seus deveres
Aquele motivo de loucura - confirmou...
É tudo água, é tudo fogo
Não existe regra pra esse jogo...
Chuva que pode até nos queimar
Toda nossa tradução acabou falhando
Aquele monstro da lagoa - que teve medo...
Estranho, muito estranho, estranho mesmo...
(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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