quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Marginalis I

Estranho até que não seja

Comum até que possa enjoar

Aquilo que não queremos - temos...


A dor no corpo, a dor na alma

A queda da escada, o trauma...


Vulgaridade mais do que rara

O mau vem disfarçado de bom

Aquela bala perdida - se achou...


A fome mata, a sede tortura

A própria doença pode ser cura...


Malícia que pode ser inocente

A morte é pontual em seus deveres

Aquele motivo de loucura - confirmou...


É tudo água, é tudo fogo

Não existe regra pra esse jogo...


Chuva que pode até nos queimar

Toda nossa tradução acabou falhando

Aquele monstro da lagoa - que teve medo...


Estranho, muito estranho, estranho mesmo...


(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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