sábado, 25 de janeiro de 2025

Marginalis II

O prêmio do nada para nada

(Ócio quase que negócio)

A café está sem açúcar

Mas também não tem sal

As abelhas agora batem palmas...


Ditadura do bom-comportamento

(Faíscas dos metais das espadas)

Restos para serem comidos

Em dias que houverem bem-te-vis

Estudando lições de inglês...


Cozinhamos em fogo brando

(Se isso possível ainda for)

Os urubus usando seus crachás

E um classicismo tão inovador

Faz que choremos sem motivo...


Eu quero mas nunca mais quero

(Biscoitos homemade sempre finos)

A fama é a mais moderna apatia

Dançamos sobre palcos imaginários

Enquanto a arte recebe chibatadas...


O cachimbo faz que a boca entorte

(Toda nova palavra é apenas monstro)

Faremos uma enorme fogueira todo dia

Inventam aquilo que não querem

O espinho não pede que o toquemos...


Eu só consigo rir de mim mesmo...


(Extraído do livro "Pane na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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