terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Alguns Poemetos Sem Nome N° 116

 

Espero que a esfera

gire mais um pouco

Que os dias me batam menos

e que o sangue continue

correndo nas veias

sem cair no chão

Espero novos tempo

em que a minha poesia

chore menos

pois hoje é uma carpideira

e bem paga,,,


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Silêncio no barulho

desamor no amor

Eu choro pelas contradições

que assim existem

mas continuo andando

É a malvada roda do tempo

redemoinho na beira-mar

que nos leva 

de qualquer forma

Nunca saberemos novas respostas

para velhas questões...


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feito uma barata

esmagada pelo pé do acaso

eu tentei ir pelos cantos

mas a imprudência  é humana

mesmo quando não achamos

preso feito um rato

tento manter silêncio

sobre os meus sonhos

mas eles acabam gritando

e chamam a atenção do gato

todo poema é mais um lamento

feito uma barata

(e dessa vez sem nem Kafka)...


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É frio! É frio!

Gritava o menino

esquecido entre os escombros

da velha cidade bombardeada...

É quente! É quente!

Gritava a jovem prostituta

na sua aula diária

de viver apenas desamor...

É morno! É morno!

Gritava o soldado

após matar seu inimigo

que era igual a ele...


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Eu tento e sempre

fazer coisas banais em sonhos

palavras comuns em versos

alguns sóis em explosões artísticas

mas não consigo...

A tristeza sabe desmanchar

quaisquer cores existentes...


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Tudo está parado

Mesmo em movimento

Todo átomo está fadado

A morrer num momento

Tudo para e para

Em volta e em mim

E até a lembrança mais cara

Também chega ao fim...


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Travesso o menino

que nos apronta sempre

que afugenta os passarinhos

sem usar atiradeira

que apaga nossos desenhos

que fizemos no chão

que faz que esqueçamos

as notas de cada canção

que ri quando choramos

mas acaba chorando junto

Travesso menino

esse tal de destino...


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