Nosso silêncio...
Um silêncio entrecortado de ruídos
que acabam nos enlouquecendo,
de palavras desconexas,
de um raro nom-sense desabado...
Nossa lógica...
A vontade interminável
de sonhos quase pesadelos,
tempo mais escorregadio,
manchando todas as paredes...
Nossa sina...
Aquele disco arranhado de vinil
suplica pelos nossos pecados,
a grande avenida,
espera do nosso final perdão...
Nossa falta...
Entre diárias necessidades
e puros e simples caprichos
vamos dormir em camas de prego
já que faltaram cacos de vidro...
Nosso enredo...
Um carnaval fora de data
com foliões tão tristes
faltou-lhes a alma
sem saber até agora...
Nosso lema...
Só os vivos são tristes
os mortos deixaram a tristeza
para os que ficaram
e nem se importam com flores...
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