quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Todos Os Poemas Morreram...

Luz acesa sob o sol

Instantes corriqueiros em qualquer tempo

Eu não sei embaralhar as cartas

Mas acabo ganhando o jogo

Na teimosia dos dias

E nos sonhos sem talvez

Suor e lágrimas são semelhantes

Dois rios para o mesmo mar

Nada de novidade na China

Os camelôs desesperaram-se 

Como se fossem pobres viúvos

Os raios da tempestade são punhais

E acariciam como espinhos

Mês sim e mês não eles aparecem

De alguma outra dimensão

Eu mesmo invento meu idioma

Como quem come margaridas

Mesmo que faltem aplausos no baú

E a poeira das gavetas ensurdeça

Tenho a idade de um viajante perdido

E olho a barba que cresce

Até que eu vire pó de uma vez por todas

O improviso me visita às vezes

E conversamos longamente sobre tudo

Mesmo que um não entenda o outro

Sem meninos e sem passarinhos

Todos os meus poemas morreram...

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