Todo destino tem seu preço
É a novidade do obsoleto
Vou mentir - eu prometo
O meu fim é o começo...
Camelôs rezando
A novidade do dia
O fim está começando
Nova moda quem diria?
Todo destino tem seu apreço
É a nova da antiguidade
Vou fugir - vou pra cidade
Comecei - logo pereço...
...............................................................................................................
Os palhaços entram em cena
Quanto mais espinhos
Melhor seu prazer
Os amantes entram em cena
Qualquer dúvida
É motivo para aplauso
Os heróis entram em cena
Mais um abismo
E poderemos enfim voar
Os vilões entram em cena
A dor sabe sempre
Dar belos discursos
Os palhaços entram em cena...
...............................................................................................................
Prometo roubar de mim mesmo
Toda ilusão perigosa
Que possa me entediar de uma vez...
Prometo ferir-me até ficar exangue
Para que a paixão
Não possa me matar depois...
Prometo apontar o dedo em minha cara
Relembrando alegrias e tristezas
Impossíveis de outra forma...
...............................................................................................................
Cubo ao quadrado
Centuplicado
Falta o ar
Infinitos espelhos
E bom cacos de vidro
Colorindo olhos...
...............................................................................................................
o sem-sentido chegou
chegou chegando
com preguiça de chegar
a lógica não - lógica
invade o nosso ar
...............................................................................................................
Não sei os motivos d'alegria
nem todas elas possuem...
Basta chegar e rir e rir
como os dias de sol riem...
Como os meninos correndo
pela praça tranquila...
Como um mar qualquer
que ainda seja azul...
Como os passarinhos
batendo seu cartão de ponto...
Só a tristeza que sempre
traz lá seus motivos...
...............................................................................................................
Existia água em dois lugares diferentes
mas em nenhum dos dois existia água...
Cada uma água eram os seus olhos tortos
os olhos do menino que quase não via...
...............................................................................................................
lamparina lampião fogo aceso
o que aquecia
o que fazia mal
o tempo acaba escolhendo
o que vai nos dar
sejam presentes ou castigos...
...............................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário