sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Alguns Poemetos Sem Nome N° 110


Todo destino tem seu preço

É a novidade do obsoleto

Vou mentir - eu prometo

O meu fim é o começo...


Camelôs rezando

A novidade do dia

O fim está começando

Nova moda quem diria?


Todo destino tem seu apreço

É a nova da antiguidade

Vou fugir - vou pra cidade

Comecei - logo pereço...


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Os palhaços entram em cena

Quanto mais espinhos

Melhor seu prazer

Os amantes entram em cena

Qualquer dúvida

É motivo para aplauso

Os heróis entram em cena

Mais um abismo

E poderemos enfim voar

Os vilões entram em cena

A dor sabe sempre 

Dar belos discursos

Os palhaços entram em cena...


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Prometo roubar de mim mesmo

Toda ilusão perigosa

Que possa me entediar de uma vez...

Prometo ferir-me até ficar exangue

Para que a paixão

Não possa me matar depois...

Prometo apontar o dedo em minha cara

Relembrando alegrias e tristezas

Impossíveis de outra forma...


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Cubo ao quadrado

Centuplicado

Falta o ar

Infinitos espelhos

E bom cacos de vidro

Colorindo olhos...


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o sem-sentido chegou

chegou chegando

com preguiça de chegar

a lógica não - lógica

invade o nosso ar


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Não sei os motivos d'alegria

nem todas elas possuem...

Basta chegar e rir e rir

como os dias de sol riem...

Como os meninos correndo

pela praça tranquila...

Como um mar qualquer

que ainda seja azul...

Como os passarinhos

batendo seu cartão de ponto...

Só a tristeza que sempre

traz lá seus motivos...


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Existia água em dois lugares diferentes

mas em nenhum dos dois existia água...

Cada uma água eram os seus olhos tortos

os olhos do menino que quase não via...


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lamparina lampião fogo aceso

o que aquecia

o que fazia mal

o tempo acaba escolhendo

o que vai nos dar

sejam presentes ou castigos...


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