domingo, 30 de outubro de 2016

Insaneana Brasileira Número 106 ou Ainda Gatos

Ratos e contos e paredes. Escolhi de todos nenhum jardim. E as forças coesas de toda coincidência universal acabou em conversa malfeita. Um adeus um tchau e um nada mais. Quem trouxe a bebida? Há menos risos do que se possa pensar. Eram fogueiras meu senhor apenas fogueiras com muitas folhas secas que vieram lá do quase alto. É cada uma! Cada fio branco daqui tem uma história e uma desculpa meio que esfarrapada. Contemos pelos dedos que restam e nada mais...
Nas varandas inúmeras telas quase que bem feitas. E uma profanação inocente de todos os dias. Eram apenas algumas faces e algumas palavras também. E eu quase não vi quase nada. E fui crucificado pelo menos três vezes ao dia em todos eles. Eu sou a lenda viva de que nada pode acontecer exatamente. Planos e cálculos foram para o lixo. E estatísticas foram profanadas como donzelas de gregas tragédias modernas. Batam palmas muitas delas e quebrem a ortografia feito espelho que não conseguiu fazer mágicas...
Anéis e sonhos e vamos adiante. Como sempre foi e nunca vai na verdade ser. Cada qual com seu cada qual. A verdade é apenas algumas moedas sobre o balcão. Paguem a felicidade de poder esquecer algo! Mostrem o divino malabarismo de iludir à si mesmo em toda a ocasião que aparecer. São os nós e somos nós ainda. Cada opinião feita sob areia e muita. Tudo cai. Tudo tem seu prazo de validade vencido. E o pior de tudo é que sabemos. Mas mentir para o espelho é o melhor esporte de todos. Pouco sei o que falar e minhas palavras tropeçam mais do que meus pobres pés. Quando penso são apenas algumas dores que não somem com remédios...
Tudo que vejo não deveria ver. Os homens são cruéis e a vida tão mesquinha! É melhor furar meus olhos e viver sem viver coisa alguma. E suprir as necessidades básicas do cumprir o tempo. Hoje se vive amanhã se morre. E mais um número será apagado e só haverá mais um quadro na parede. Mais um cigarro pra envenenar meus pulmões e mais um trago pra bater em meu fígado. É no escuro da noite em que ainda procuro abrigo. E no perigo certo que pode haver algum consolo. Os gatos andam e ainda escuto seus pequenos sons...

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