Eu não conheço todas as palavras
Nem tampouco todas as línguas do planeta
Talvez uma grande quantidade do meu idioma
E algumas esparsas de uns outros por aí
Mas o sentimento... muito e coloque muito nisso
Porque identifico dias tristes e dias felizes
Os tristes possuem a mesma cor de amarelo palha
São dias de chuvas bem frias e desencontros vazios
Os alegres algum menino encheu de cores fortes
E brincam na calçada rindo de qualquer coisa
Eu não possuo nenhum requinte necessário
Nem sequer sem me defender sem um outro ataque
Xingo nos momentos mais solenes possíveis
E não sei ficar quieto quando a noite está vindo
Desconheço os lutos por grandiosas tempestades
Porque os temporais são meus brinquedos favoritos
E aquele desejo do gosto de tua boca sobrevive
E viver é a mais preciosa e arriscada das tentativas
Mesmo quando sabemos que os homens são maus
E todas as causas possuem seu fundo de injustiça
Eu não sei fazer malabarismo com contagem de versos
Nem sei fazer milagres com preciosas figuras de linguagem
Uma grande e amável preguiça vem trazendo meu sono
Enquanto olho para cima desejando colchões de nuvens
E os lugares-comuns mais agradáveis e singelos possíveis
Mesmo quando errar pode ser o maior dos acertos
Eu apenas queria viver novamente nas antigas fotos
E ressuscitar meus mortos que foram mais queridos
Porque segui meu ciclo natural de todas as coisas
Apenas velho e desconhecido de muitos desconhecidos
Eu não conheço todas as palavras...
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