Não há mais cor nas calçadas
Nas paredes velhas e descascadas
Nem há cor num passado escondido
No pobre que não deveria ter nascido
Não há mais cor na desesperança
Na corrida inútil que só nos cansa
Nem nas piadas que se faz sem graça
Nem na tontura salvadora da cachaça
Não há mais cor na roupa que desbotou
Nos caminhos que nem sei por onde vou
Era apenas um carnaval que não ocorreu
Uma festa que ninguém foi e fui só eu
Não há mais cor na minha aquarela
Nas flechas de luz que vêm na janela
Nem em todo o esforço que ainda faço
E tudo se descolore em meio ao cansaço
Não há mais cor naqueles olhos bonitos
Nas esperanças que enganam os aflitos
Na canção de guerra que tentaram cantar
Nas nuvens serenas que enchiam o ar
Não há mais cor não há mais cor
Nem ainda é vermelho o meu amor...
Uma festa que ninguém foi e fui só eu
Não há mais cor na minha aquarela
Nas flechas de luz que vêm na janela
Nem em todo o esforço que ainda faço
E tudo se descolore em meio ao cansaço
Não há mais cor naqueles olhos bonitos
Nas esperanças que enganam os aflitos
Na canção de guerra que tentaram cantar
Nas nuvens serenas que enchiam o ar
Não há mais cor não há mais cor
Nem ainda é vermelho o meu amor...
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