quinta-feira, 30 de junho de 2016

Esse Pequeno Mundo Grande (Refazimento Vérsico)


Esse pequeno mundo grande
É grande como o mar
É o sal é o carnaval

Uma simples bola que gira

Mais um par à girar
Um lirismo sem lira
Um palhaço à chorar

Esse pequeno mundo grande

É grande como o mar
É a vida tão doída

Um relógio que não pára

Mais um menino à sorrir
Uma lágrima na minha cara
Que sempre está à cair

Esse pequeno mundo grande

É grande como o mar
Apenas uma piada sobre nada

Eu não sei mais o que sei

Eu não sabia mais o que sabia
Talvez eu seja um dia rei
Daquele reino que eu queria

Esse pequeno mundo grande

É grande como o mar
É o sal é o carnaval...

terça-feira, 28 de junho de 2016

Que Comece o Jogo

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Que comece o jogo! A mais infeliz trajetória
Começo de apenas mais uma história...

Quando respiro há apenas um sufoco pelo ar

E a falha da conjugação do verbo amar...

Que comece o jogo! Apenas uma impressão

De que pode amar o nosso coração...

As cores se confundem na minha pobre vista

E vão se desbotando como velha revista...

Que comece o jogo! Sem regras pra seguir

O que importa? Apenas não cair...

E todas estas ruas estão cheias de medo

Pois o fim de tudo sempre vem cedo...

Que comece o jogo! César, nós te saudamos

Vamos andando e não sei onde vamos...

sábado, 25 de junho de 2016

Gregos e Troianos ou Quem Tem Razão?


Quem tem razão? O lado A ou o lado B?
Eu estou errado... Mas errado está você...
Quem vai ganhar? Quem vai perder?
Temos que nos dar bem... Temos que comer...

Quem tem razão? Os gregos ou Troia?

A vida prossegue... É mais uma tramoia...
Quem tem esquizofrenia? Ou tem paranoia?
Temos de tudo... Ou não temos uma pinoia?

Quem tem razão? Esquerda ou direita?

A vida vai embora... Só uma droga malfeita...
Não existe porta... Muito menos a estreita...
Nem mesmo a satisfação ficou satisfeita...

Quem tem razão? O Céu ou o Inferno?

Tenho que me arrumar... Colocar o meu terno...
Quem é antiquado? Quem é moderno?
Sumiram todas as anotações do meu caderno...

Quem tem razão? O lado A ou o lado B?

Não estou errado... O errado é você...
Há tantos versos... Mais nada pra escrever...
Temos que nos dar bem... Temos que comer...

Propriedades e Conceitos


A loucura é mais santa que a sanidade
As pernas curtas da mentira correm mais
Não há nada mais cruel do que a verdade
Nenhuma guerra trouxe no final a paz

A juventude nos aflige com a saudade

Quando o amor morre nos arrasta juntos
Nos ridicularizamos por uma novidade
E acabamos fazendo pilhas de defuntos

Somos malvados quando impomos normas

O bom cidadão traz o estigma do fracasso
O dia-a-dia é um demônio de mil formas
Se não falta o ar vem nos faltando o espaço

Quero assistir minha novela comodamente

Enquanto sobram muitos dramas lá fora
Todos os sofrimentos saíram estou contente
Mesmo me afligindo em toda a minha hora

A loucura é mais santa que a sanidade

As pernas curtas da mentira correm mais
Não há nada mais cruel que a verdade
Nem a morte pode nos trazer a paz...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Qualidades e Atributos

A porta é morta
O canto caiu no pranto
É que às vezes nem sabemos
Onde é que nós iremos...

A arte faz parte

O brinquedo quebrou cedo
Tudo vem e tudo passa
Se transforma em fumaça...

A calçada está quebrada

Foram com os dias as alegrias
E eu que pensei ser eterno
Como os versos de meu caderno...

Eu estou aqui sem dormir

Não há sono em meu abandono
E o relógio vai correndo lento
Entre fantasmas que invento...

É tão frio esse meu Rio

Sem saber onde me esconder
Talvez me escondendo feito rato
Isso é a vida apenas um fato...

domingo, 19 de junho de 2016

Loucos & Sãos


Loucos são os sãos
Sãos são os loucos
Um mundo morrendo aos poucos
Afogado na ilusão

Loucos são os sãos

Sãos são os loucos
Sempre seremos apenas moucos
Andando na multidão

Loucos são os sãos

Sãos são os loucos
Escutamos apenas gritos roucos
Não sabemos a direção

Loucos são os sãos 

São são os loucos
Chutes e pontapés e socos
É aquilo que nos dão

Loucos são os sãos

São são os loucos
Cada um morrendo aos poucos
Afogado na desilusão...

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Desculpe


Desculpe a falta de carinho
Desculpe a falta de cuidados
Eu segui muitos caminhos
Mas todos eles foram errados

Desculpe a palavra mal dita

Desculpe a cara fechada
Minh'alma procurava aflita
Mas a procura deu em nada

Desculpe o barulho que fiz

Desculpe atrapalhar o seu sono
É que eu pensava em ser feliz
Mas era um cachorro sem dono

Desculpe a piada sem graça

Desculpe eu querer lhe amar
Eu vivia era só por pirraça
Pois eu mal sabia respirar

Desculpe esta rosa já morta

Desculpe a desculpa sem hora
Eu sei onde é que fica a porta
Adeus... Eu já estou indo embora...

Danças Alegres


Dança alegre de um velho embriagado
Dança de uma puta velha que faltam dentes
Um bolso vazio sem nem um trocado
Somos abandonados por nossos parentes

Dança alegre sem nem um fundo musical

Moscas debochadas são a nossa maior plateia
Agora não existe mais o bem nem o mal
Eram outros os tempos e eram outras as ideias

Dança alegre no meio de todo esse caos

Acabou o dia e nossa noite agora vem e cai
Não existem bons e tão pouco existem maus
É só o destino que nunca foi um bom pai

Dança alegre de um solitário ali na esquina

Um dia a gente quis conquistar todo mundo
Mas aí veio a grande farsa todo virou rotina
Não consegui conter meu coração vagabundo

Dança alegre de uma alegria só imaginária

Uma dança que um dia eu quis também dançar
E uma busca ingrata e talvez até sanguinária
Parou tudo nem há mais ondas naquele mar...

domingo, 12 de junho de 2016

Nem Sempre...


Nem sempre dias de sol são alegres
Mas dias de chuva podem também ser bons...
A menina mais bonita pode ser a mais cruel
E os planos perfeitos também podem falhar...

As estatísticas estão embriagadas...

O fim da guerra não significou a nossa paz...
E os brinquedos novos também podem quebrar...
Lindos sons estes que podem nos ensurdecer...

Não importam os passos dados pela estrada

Se ela não tiver pelo menos algum fim...
Nem sempre entendemos o fim da piada
E a piada de nossas vidas pode ser apenas choro...

Nem sempre esses carinhos possuem ternura...

E essas asas nem sempre significam poder voar...
Em muitos versos falta qualquer sinal de lirismo
E nem sempre a habilidade do artista faz a obra prima...

Não havia tesão em todas as minhas ereções...

Nem sequer maldade em todas as minhas maldições...
Eu queria uma máquina voadora pra chegar lá em cima
Mas queria mesmo era poder ficar aqui no chão...

Nem sempre... Nem sempre...

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Eu Não Sei Nada...

Eu não sei nada... Desconheço a maioria das biografias ilustres que ilustram os sábios livros que enchem as bem comportadas estantes. Eu sou o povo. E o povo é enganado vinte e quatro horas por dia. E os dias são como são...
Eu não sei nada... Novas teorias da origem do Universo? Não faço ideia quais são. A tristeza é uma venda para os olhos e o medo da fome traz nuvens cinzas para todos os meus passos. Viver é delirar com uma febre que ainda não existe...
Eu não sei nada... As cores dos panos baratos e das mil invenções expostas no nada me atrapalham. Um Picasso e um Rembrandt são tão semelhantes ao Dali jogado num canto qualquer. E as mais antigas recordações pintam mais outros quadros...
Eu não sei nada... E as minhas teorias são apenas divagações que minha mais profunda idiossincrasia produz sem que nem mesmo perceba. As moscas voam e pousam irritantemente nos lugares mais improváveis brincando com a sua própria morte. Os relógios também podem errar...
Eu não sei nada... E falo sobre a morte todos os momentos como um compromisso do daqui há pouco. E os agentes funerários olham para o telefone com a ansiedade de seus niqueis brilhantes. Como vamos colocar os sapatos se faltam os pés? E como dançarmos se desconhecemos os passos?
Eu não sei nada... E escrevo coisas óbvias e sem mérito algum. Gritar para os surdos e fazer gestos para os cegos acabou sendo nosso ofício. Virar o rosto em outra direção é comum porque as testemunhas estão em falta no mercado...
Eu não sei nada... E me drogo com os venenos mais permitidos. E me lanço em abismos que me deixarão ferido e vivo. Não reclamarei mais das dores que comigo fizeram amizade. Nada é bom dentro deste humano contexto...
Eu não sei nada... Desde o dia em que abri meus olhos...

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vida em Off


Tudo aquilo que eu quis e não pude ter...
E as saudades foram só aumentando
E uma tristeza foi crescendo do impossível
E o meu choro não valeu de nada...

Todo sonho que terminou em pesadelo...

E era peso e eram os risos de maldade 
E eram labirintos de onde não se pode sair
E grandes festas onde não se pode ficar...

Onde está meu novo brinquedo?...

Caiu no chão que nem vidro e se quebrou
E ainda sobram motivos pra ser um triste
E o choro está preso na garganta esperando...

Como um covarde fujo das batalhas

E tento sobreviver de um holocausto diário
Onde todos enlouquecem bem aos poucos
Céu e Inferno possuem o mesmo endereço...

Há tanto barulho em meu silêncio!

E todos os cortes foram os mais profundos
E um não foi a solução de todos os enigmas
Nas minhas noites de tão pesada insônia...

Vida em off... Fora de todos os esquadros...

Engano dos meus cálculos mais perfeitos
O vidro já não brilha nem brilhará jamais
E o sono perfeito é um pouco mais que a morte...

sábado, 4 de junho de 2016

Vida em On


Vida em On...

Os dias de pássaro ainda voam bem alto

Entre o puro algodão de milhares de nuvens
E até a boa chuva veio rápido e se despediu...

Eram dias cheios de tanta festa

E as luzes lá do alto não colocavam medo
Num coração que batia na cadência de tambores...

E haviam olhos azuis com todo o mar

E os meus anéis possuem pedras de brilhante
Como nenhum rei teve mais um dia...

Como era linda aquela menina!

E um amor feito de coisas bem simples
Inundava minha alma em uma coisa só...

O canavial apontava direto pro céu

E o velho ainda possuía muita força
E minha mãe contava todas as histórias que ouvi...

Não contem mais dados vazios bem contados

Eu sou apenas mais um cidadão do vasto mundo
Que voa atrás de todos os passarins...

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Insaneana Brasileira Número 102 - Bondade Maldade

bondade... maldade... super lotem o inferno de boas intenções! quando eu apertei o gatilho nem sabia que ia acertar a bala... eu gritei e acordei o dragão! sem problemas... comemos todas as vírgulas e todos os pontos finais...
bondade... maldade.. as famílias dos toureiros precisam comer... e o antes do durante talvez tenha sido depois... libido inocente.. lascívia inocente... putaria inocente... luxúria de anjinhos de procissão... eu não sou advogado de nada... mas vejo coisas... muitas delas...
bondade... maldade... e a imprecisão de frases bem construídas... nada que não se resolva com um bom trago... que um outro rosto mais sacana não venha substituir... ave César! avis rara... cemitérios verticais de galetos rodando... estamos no inferno bem antes...
bondade... maldade... no inferno já existe vasto contingente de camelôs... sua variedade de produtos me impressiona... e um cheiro bem grande de comida invade o ar... eis a máxima da mínima... a perfeição só existe em seu local de origem... se as abelhas são minhas... saravá o mel! senão... até os cânticos são profanos e meio que lazarentos... 
bondade... maldade... partindo da premissa que só há um filho-da-puta em cada espelho... e uma fera só em cada muda de roupa... eu nunca me canso de cansar... cantei dezenas centenas milhares de vezes a mulher do quase próximo... namorados... namorados... cada tática nova de guerra é um belo fiasco...
bondade... maldade... passe a língua em mim... que eu repito esta maldição mil vezes... e habito em profundas cavernas nas entranhas da terra... onde corra água estarei lá... e onde possa gritar ficarei sem voz... arroz sem doce... e pulgas amestradas sem circo... passe de longe...
bondade... maldade... monumentos abandonados numa praça de guerra... já sei contar pelos dedos... mas às vezes faltam dedos... a tabuada foi para a fogueira... e ninguém se importou... cabelos também possuem raízes e duram pouco... o flash disparou mas a fotografia acabou ficando escura...
bondade... maldade... sinos tocam e outras máquinas gemem... era o som dum rádio que ficou esquecido no ar... nunca precauções são demasiadas... são estrelas as que explodem no ar... e nem sempre ganham palmas... tudo mexe com meus nervos... menos as emoções... meu coração vive à mil... mesmo quase parando...
bondade... maldade...

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Nossa Poesia

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Nossa poesia
Já se foi mais um dia
Um dia à menos pra chorar
E olha só quem diria
É uma vida vazia como há

Nossa poesia

A estrela talvez brilharia
Mas não vai mais brilhar
É solidão de rua vadia
Nem podemos falar

Nossa poesia

Quem lhe olharia?
Ninguém mais vai olhar
É meu ar que faltaria
Estamos sem respirar...

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...