Já procuramos em quaisquer cantos. Em todos eles. Até não teimarmos mais. Numa briga constante de nós conosco e por aí vai. Nós somos frutos de uma química vã e com detalhes mais sórdidos. E com ela vamos exibindo nossos estandartes. Rasgados e rotos pavilhões dignos de nota sim mas de desprezo também. Somos os notáveis. Mesmo quando nos escondemos num canto qualquer entre a máscara da normalidade e o cinismo da rotina. Observem bem se puderem. Cada dia mais não temos mais mais. Mas insistamos enquanto haver um sopro nos pulmões. Uma idéia na mente. Uma insistência entre cadernos e livros e anotações. Napoleão e seus cem soldados. A febre de Alexandre. Hitler e seus espasmos. Tudo passa. Tudo impermanece. E as piramides tremem de esquecimento. Muito mais a terra já comeu. em banquetes dignos do mais requintado gourmet. Bebamos logo. Em grandes goles filosoficamente medidos com pedras. Vamos viajar em terras distantes e estranhas que nunca vimos mas conhecemos de cor e salteado. Margaridas trêmulas e rosas indecisas compõem um buquê de fino trato. Quando temos trinta anos trinta anos se passaram sem vermos mais nada que momentos esparsos pelo tapete da sala de estar. É o jeito. Parecermos bons sem nunca termos exercido qualquer piedoso ofício. Nos livros nos livramos de algumas maneiras deseducadas e talvez nada mais. É o sagrado encontro entre tudo e alguma coisa. O que resulta num belo bordado artisticamente desfeito. Era uma vez. E era sempre. E sempre vamos comendo silenciosamente como a última refeição de um condenado. Estamos coletivamente sós. E discursos monologamente feitos dizem talvez alguma coisa. Falta imaginação na praça e isso é muito triste. Para cada desculpa uma inflamada defesa de causa. Mas há muita poeira sobre os móveis. E nasceremos de novo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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