sexta-feira, 6 de junho de 2014

Insaneana Brasileira Número 35 - Estados Suspensos de Consciêmcia

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Já procuramos em quaisquer cantos. Em todos eles. Até não teimarmos mais. Numa briga constante de nós conosco e por aí vai. Nós somos frutos de uma química vã e com detalhes mais sórdidos. E com ela vamos exibindo nossos estandartes. Rasgados e rotos pavilhões dignos de nota sim mas de desprezo também. Somos os notáveis. Mesmo quando nos escondemos num canto qualquer entre a máscara da normalidade e o cinismo da rotina. Observem bem se puderem. Cada dia mais não temos mais mais. Mas insistamos enquanto haver um sopro nos pulmões. Uma idéia na mente. Uma insistência entre cadernos e livros e anotações. Napoleão e seus cem soldados. A febre de Alexandre. Hitler e seus espasmos. Tudo passa. Tudo impermanece. E as piramides tremem de esquecimento. Muito mais a terra já comeu. em banquetes dignos do mais requintado gourmet. Bebamos logo. Em grandes goles filosoficamente medidos com pedras. Vamos viajar em terras distantes e estranhas que nunca vimos mas conhecemos de cor e salteado. Margaridas trêmulas e rosas indecisas compõem um buquê de fino trato. Quando temos trinta anos trinta anos se passaram sem vermos mais nada que momentos esparsos pelo tapete da sala de estar. É o jeito. Parecermos bons sem nunca termos exercido qualquer piedoso ofício. Nos livros nos livramos de algumas maneiras deseducadas e talvez nada mais. É o sagrado encontro entre tudo e alguma coisa. O que resulta num belo bordado artisticamente desfeito. Era uma vez. E era sempre. E sempre vamos comendo silenciosamente como a última refeição de um condenado. Estamos coletivamente sós. E discursos monologamente feitos dizem talvez alguma coisa. Falta imaginação na praça e isso é muito triste. Para cada desculpa uma inflamada defesa de causa. Mas há muita poeira sobre os móveis. E nasceremos de novo...

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