Tudo surgiu de um nada. É. E as coisas que escrivinhamos apagam sozinhas. Era tudo no tudo. Hum. Me traga um café Ziquinha mosanta. Nada de chá ahoje. A véia cá não se conforma com essas patasqueiras que o mundo oferece. É muita coisa pra um só bumbo só. Cadê o barulho? Findou-se que nem os planinhos bonitos que a gente faz que nem costura. Com paciença. Na aguia. Picando dos dedos pra lá e pra cá. Pensa que eu tou morta? Vivinha da Silva como tudo aquilo que passa e some. É só questão de olhança apois. E zóio de Deus nem se tem todo mundo. Os ratos é que aprontam. E é culpa da pororoca. A culpa é do baralho que embaralhou tudo. E das nossas festas que enganaram a alegria. Morangos e frutas-de-conde mané. Cestos cheios nas sextas de tarde quando rareia o sol. E o vuc-vuc vai pra longe bem longe. Eu coloquei óculos pra ver melhor meu coração. Mas não contava de ficar mais feio inda. Tudinho enrugueceu demai. E as coisas vão andando mesmo que de banda. Tudo no tudo. É a teoria sendo posta em prática. Um mais um é um e basta. Com novos tons que não conhecemos. É cabrunco de rolha. Eu sei tudo. Ameno o que deveria saber. Os lá de cima é que jogam pedra. E nós brinca de três-marias. Cadê os baldes? Os que medem as tristezas e as tristezinhas que fazem nosso peito coió de alma? Senhora das águas eu quase me afoguei ali num rasinho e era de dia todo aluminado de calor e sol. No mais nada. E ursos de pelúcia feito ícones em seu sacro nicho de abandono. É calor abafado medom e sem volta. Estamos aí sem estar. E na sala de estar tudo arrumadim Eu falo do jeito que eu falar mandrongo! Eu penso meio que no obscuro como todosoutros! É que o remédio pode matar e o veneno deixar a gente bem... É quando uma areinha faz tanta diferença. E cada mal com seu farnel. Beleléu meu anel. Eu tenho intuições que nada de bom haverá. Só maleita. Mercadoria preendida. Bolsas de mão. E pés no chão. Nunca mais fui no mercado. Trem-fantasma é mais barato. E fantasma atem em tudo que é freguesia. Os que baixam e os que não baixam mais. Aquilo que não deu certo. E aquilo que deu errado. As duas faces da mesma moeda sem cara...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Insaneana Brasileira Número 74 - A Invenção da Invenção
Tudo surgiu de um nada. É. E as coisas que escrivinhamos apagam sozinhas. Era tudo no tudo. Hum. Me traga um café Ziquinha mosanta. Nada de chá ahoje. A véia cá não se conforma com essas patasqueiras que o mundo oferece. É muita coisa pra um só bumbo só. Cadê o barulho? Findou-se que nem os planinhos bonitos que a gente faz que nem costura. Com paciença. Na aguia. Picando dos dedos pra lá e pra cá. Pensa que eu tou morta? Vivinha da Silva como tudo aquilo que passa e some. É só questão de olhança apois. E zóio de Deus nem se tem todo mundo. Os ratos é que aprontam. E é culpa da pororoca. A culpa é do baralho que embaralhou tudo. E das nossas festas que enganaram a alegria. Morangos e frutas-de-conde mané. Cestos cheios nas sextas de tarde quando rareia o sol. E o vuc-vuc vai pra longe bem longe. Eu coloquei óculos pra ver melhor meu coração. Mas não contava de ficar mais feio inda. Tudinho enrugueceu demai. E as coisas vão andando mesmo que de banda. Tudo no tudo. É a teoria sendo posta em prática. Um mais um é um e basta. Com novos tons que não conhecemos. É cabrunco de rolha. Eu sei tudo. Ameno o que deveria saber. Os lá de cima é que jogam pedra. E nós brinca de três-marias. Cadê os baldes? Os que medem as tristezas e as tristezinhas que fazem nosso peito coió de alma? Senhora das águas eu quase me afoguei ali num rasinho e era de dia todo aluminado de calor e sol. No mais nada. E ursos de pelúcia feito ícones em seu sacro nicho de abandono. É calor abafado medom e sem volta. Estamos aí sem estar. E na sala de estar tudo arrumadim Eu falo do jeito que eu falar mandrongo! Eu penso meio que no obscuro como todosoutros! É que o remédio pode matar e o veneno deixar a gente bem... É quando uma areinha faz tanta diferença. E cada mal com seu farnel. Beleléu meu anel. Eu tenho intuições que nada de bom haverá. Só maleita. Mercadoria preendida. Bolsas de mão. E pés no chão. Nunca mais fui no mercado. Trem-fantasma é mais barato. E fantasma atem em tudo que é freguesia. Os que baixam e os que não baixam mais. Aquilo que não deu certo. E aquilo que deu errado. As duas faces da mesma moeda sem cara...
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