quarta-feira, 27 de maio de 2015

Insaneana Brasileira Número 74 - A Invenção da Invenção


Tudo surgiu de um nada. É. E as coisas que escrivinhamos apagam sozinhas. Era tudo no tudo. Hum. Me traga um café Ziquinha mosanta. Nada de chá ahoje. A véia cá não se conforma com essas patasqueiras que o mundo oferece. É muita coisa pra um só bumbo só. Cadê o barulho? Findou-se que nem os planinhos bonitos que a gente faz que nem costura. Com paciença. Na aguia. Picando dos dedos pra lá e pra cá. Pensa que eu tou morta? Vivinha da Silva como tudo aquilo que passa e some. É só questão de olhança apois. E zóio de Deus nem se tem todo mundo. Os ratos é que aprontam. E é culpa da pororoca. A culpa é do baralho que embaralhou tudo. E das nossas festas que enganaram a alegria. Morangos e frutas-de-conde mané. Cestos cheios nas sextas de tarde quando rareia o sol. E o vuc-vuc vai pra longe bem longe. Eu coloquei óculos pra ver melhor meu coração. Mas não contava de ficar mais feio inda. Tudinho enrugueceu demai. E as coisas vão andando mesmo que de banda. Tudo no tudo. É a teoria sendo posta em prática. Um mais um é um e basta. Com novos tons que não conhecemos. É cabrunco de rolha. Eu sei tudo. Ameno o que deveria saber. Os lá de cima é que jogam pedra. E nós brinca de três-marias. Cadê os baldes? Os que medem as tristezas e as tristezinhas que fazem nosso peito coió de alma? Senhora das águas eu quase me afoguei ali num rasinho e era de dia todo aluminado de calor e sol. No mais nada. E ursos de pelúcia feito ícones em seu sacro nicho de abandono. É calor abafado medom e sem volta. Estamos aí sem estar. E na sala de estar tudo arrumadim  Eu falo do jeito que eu falar mandrongo! Eu penso meio que no obscuro como todosoutros! É que o remédio pode matar e o veneno deixar a gente bem... É quando uma areinha faz tanta diferença. E cada mal com seu farnel. Beleléu meu anel. Eu tenho intuições que nada de bom haverá. Só maleita. Mercadoria preendida. Bolsas de mão. E pés no chão. Nunca mais fui no mercado. Trem-fantasma é mais barato. E fantasma atem em tudo que é freguesia. Os que baixam e os que não baixam mais. Aquilo que não deu certo. E aquilo que deu errado. As duas faces da mesma moeda sem cara...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...