sábado, 31 de janeiro de 2015

Para A Merda


Merda suja que fede coisa fedorenta
Cheiro que incomoda ninguém aguenta
Resto do resto que do que se mede
Merda suja é o que mais se fede
Não tens culpa de ser apenas o fim
Que começou na boca começou em mim
Merda que seca morta sem ter idade
Nunca maior que a própria sociedade
Dos homens que a fazem à todo momento
Merda fezes bosta ou simples excremento
Merda da guerra que sai tudo matando
Dos que nada possuem e ficam esperando
Numa fila de espera sempre interminável
Merda de moda de novidade de descartável
Do que eu tenho no bolso tenho na conta
Merda do destino que sempre vem e apronta
De um bom resultado sem ter um final
Das cartas marcadas do jogo e do festival
Merda que é ofensa merda que é elogio
Poesia moderna dona de um grande vazio
Coisa que vemos todos os dias na tela da TV
Coisas que acontecem entre eu e entre você
Merda tudo que seja abaixo dentro das fossas
Merda aquilo que não deu certo falidas bossas
Ruído sussurro chiado das mais falidas sintonias
Mau cheiro que vem perseguindo nossos dias
Merda suja que fede coisa fedorenta
Cheiro de resto de comida ninguém aguenta
Resto do resto que ninguém mais pede
Merda suja que faz medida é o que se mede...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...