segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

SobreÂngulos


Olhe quem vai olhar
Olhe quem vai ver
As coisas que tem no mar
As coisas que tem você
Os olhos vendo de lado
As coisas que aí estão
O que estava dando errado
É a nova moda da estação
São vários ângulos distorcidos
São apenas o sim e o senão
E corredores percorridos
Mais dentro da escuridão
Vivemos num ano passado
Quase tão certo como agora
Quem é certo? Quem errado?
Cada ponte com sua escora
Cada cena com seu crime
É isso que estamos vendo
E cada imobilidade exprime
Aquilo que está morrendo
E as cordas estavam tensas
E os acordes estão violados
E as nações estão propensas
À romper os seus tratados
Nas pedras nós dormimos
Nas águas nós sonhamos
Se sempre nós desistimos
É porque nós já acreditamos
Vidros e vidros aos milhares
Contas sem pé e sem razão
Para o alto vão os malabares
Na hora H tem a explosão
E todos nós vamos aos ares
Olhe quem vai olhar
Olhe quem vai ver
As coisas que tem no mar
As coisas que tem você...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLV (Indissolúvel)

  Plano A... Plano B... O amor é uma pedra Que teima se dissolver na água Quem poderá consegui-lo? Plano A... Plano B... O pássaro encontrou...