domingo, 19 de setembro de 2010

Fotografias


Vá que você entenda. Acenda a fogueira e não mais. Coloque em ângulos insólitos e bonitos e nossos gritos digam mais.
Cor. Cor. E cor. E tempero mais forte do que na boca. Luz e sombra. No balé clássico que não esperamos.
Meus olhos. Que olharam nomes nunca ditos. Benditos? Malditos? Nem sei nem quero decifrá-los jamais.
Vá que você se aborreça. E me vire as costas antes de me entender. Não somos culpados. Mas somos cúmplices. De um plano bom que não aconteceu.
Oh! My God! Oh! My dear! Pecados também podem ser bons. Estrelas podem descer do céu. E finais felizes podem acontecer. Os senhores do deserto que o digam. Meu oásis do deserto da solidão.
Eu andarei com todo cuidado. Para que meus passos não o despertem do teu sono. Dorme à vontade, sorrindo e pensando que o mundo é tão bom. Não é. Nunca foi. Mas é o que temos. Conheço todas as benções e todas as maldições. Não é. Nunca será. Mas poderia te dar o pouco que guardei. Mesmo quando as imagens não forem tão belas. Mesmo que a música seja só o silêncio. E o carnaval seja outro, pobre e desconhecido.
Chuva é o que temos. Mas o sol ainda está lá no mesmo lugar. Muito é o que queremos. Mas é o pouco que pode bastar. Terra é o que nos pode cobrir. Enquanto a luz é o que vai libertar.
Vá que você entenda. E faça a festa. E ressuscite o morto. Não dos três dias. Mas da vida inteira. E faça a festa. E ressuscite o morto. E lhe diga que ele nunca morreu. E dê um beijo em suas faces. Ou em sua boca e o deixe vivo pela eternidade.
Lentes. Mentes. Gentes. Lugares e folias de cores. Óculos de sete cores que enxergam mais. Nada é o que parece. Mas tudo é o que é. O que sempre foi e o que sempre será.

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