Nada mais em volta...
Sem sua agonia estonteante
Em matar os seus eventuais perseguidores da luz...
Agonia surda
De um calor mais que artificial...
Companheira de muitas ruas
Com algum perigo assim procurado...
Sem poesia alguma
Somente meu delírio sem droga alguma
Apenas povoado
Das mais reles das fantasias...
O que era agora não mais é...
Nem sempre deixamos de tropeçar...
E uma metamorfose sem Kafka
Poderá fazer fervilhar calçadas
Num pedaço de cidade qualquer...
Estou quase ansioso
Por um amor barato
Que até pode acontecer...
Eis aqui os condenados sem cadeia
E com carrascos de férias...
Urina... Lixo... Mais urina...
E a tardia compreensão
De que nada pode ser apenas nada...
Eu escorrego em mim mesmo
E acabo rasgando minha fantasia...
Nada mais em volta...
Todas as asas falharam
Numa antiquada modernidade
Mais ofensiva
Do que qualquer palavrão...
A cara da beleza
Se tornou tão feia...
E tudo é um passatempo inútil...
Xô poetas!
Só restou a mediocridade
E nada mais em torno da luz...
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