terça-feira, 16 de novembro de 2021

Fantoches


fantoches...

aqui estamos outra vez...

escravos submissos da alma ou do corpo...

sempre tanto faz...

presos aos gestos malfeitos

ou às palavras mal pronunciadas

aqui estamos...

perdemos o horário

e as festas se acabaram...

não observamos as nuvens

a chuva caiu malvada

e as fogueiras se apagaram...

mamulengos...

numa grande feira - o mundo...

recontando a mesma história...

cheia de reticências...

nossa velha tecnologia...

os defeitos mais que especiais...

e as lâmpadas que queimam...

nossas regras é não existirem...

todo louco é pouco...

há idiotas discursando...

enquanto as catiras

espantam os insetos...

títeres...

nos limites do ilimitável...

onde iremos parar?...

um questionário sem respostas...

um grande banquete de fome...

grandes e dispensáveis adereços...

apenas isso...

nada mais...

dança de mancos...

olhar o relógio de pulso...

não dá o impulso

para a flecha atirada...

bonequinhos...

o livre-arbítrio acorrentado...

necessidades trágicas...

contra a maré ou não...

apagadas impressões digitais...

enigmáticos epitáfios...

muitos pratos vazios...

e corações cheios

de vazios ainda maiores...

os poetas pedem socorro

querendo tábuas de salvação

neste mar de intranquilidade...

fantoches... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...