Eu - resultado mal feito de um DNA revoltado. Junto em minha todas as características nada artísticas de uma vida comprida que consiste e insiste em respirar. Nada mais ar.
Eu - fórmula mágica sem segredos. Aqui estão as dores e ali estão os medos. Por favor tenham um pouco de cuidado. Porque aquele espelho em que espelho é feio e velho e tem mais de um lado.
Eu - divindade sem poderes. O mais infeliz de todos os seres. O mais louco entre os homens. A minha herança é uma esperança com vários nomes.
Eu - um rio sem afluentes. Momentos felizes não apenas contentes. De segurar entre meus dentes. Nunca mais dormentes. Sóbrio entre alguns seres viventes.
Eu - rodopio de ventos no quintal. Aonde e por onde houver algum carnaval. Fim do fim do fim do final. Tirem as roupas do varal. Está chegando aí o meu temporal.
Eu - um emaranhado de palavras. Algumas livres e outras escravas. Em quase duas vezes trinta. Muito corante e pouca tinta. Quem quer que minta. Ou sinta.
Eu - experiência malsucedida de laboratório. Escravo de escritório. Frequentador de sanatório. Meu destino inglório. Se é que podemos chamar de destino. A dor de um menino.
Eu - apenas um comum cidadão. Que não reconhece a estação. Que já viveu de verão. Entre sim e não. Falando com os olhos e com as mãos. Qual a minha razão?
Eu - apenas isso...
Eu - experiência malsucedida de laboratório. Escravo de escritório. Frequentador de sanatório. Meu destino inglório. Se é que podemos chamar de destino. A dor de um menino.
Eu - apenas um comum cidadão. Que não reconhece a estação. Que já viveu de verão. Entre sim e não. Falando com os olhos e com as mãos. Qual a minha razão?
Eu - apenas isso...
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