quarta-feira, 24 de julho de 2013

Uma Canção Com Quase Coragem


Doce nada que se esconde atrás da brisa
Doce fim que se esconde atrás do sonho
Levei anos te buscando em qualquer rua

Foram essas que acho agora tão comuns

São ruas como quaisquer outras lá e cá
Mas que persistem não perder o seu encanto

Olho como olhos de quem breve partirá

Ou ainda quem sabe chorará quem partiu
Nunca se sabe nada além de sua tristeza

Antes que a chuva caia em todos as gotas

Antes que a noite engula todas as notas
E eu continue sozinho como sempre fui

Só me restará saldar os quatro guerreiros

Só poderei vestir ainda a velha camisa
E me sentir ainda vivo se der por um pouco

Desconheço onde estão todas as chaves

Não quero mais olhar atrás das portas
Eu agora sou todas elas por mim mesmo

O que agora ninguém sabe ou saberá

É uma evidência que grita perto ao abismo
E perdeu todos os medos em furados bolsos

Um coração mau ainda tenta ser bom

Olhos cansados ainda por si testemunham
Não mais azuis e quase mortos agora

Todos as pirâmides ainda estão lá

Todos as decisões se arrependeram por si 
E acabaram os doces que estavam na calçada

É um barulho de luzes que se perpetua

E a carne treme em divino solavanco
Como nunca antes foi mesmo mais firme

Deixe que a luz passe por entre frestas

Deixe que o vento seque teus cabelos
Esperando sem esperar qualquer hora...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...