Eu sou apenas o feiticeiro
Em número gênero e grau
Depois das chuvas de janeiro
Faço vir o meu carnaval
Cabe em mim o mundo inteiro
Quando faço o meu jogral
Eu sou apenas o mago
Andando perdido na lida
E sob a camisa eu trago
Apenas a minha ferida
Aos poucos eu mesmo rasgo
Aquilo que chamei de vida
Eu sou apenas o bruxo
Em meus olhos estou atento
Às coisas que vão e seu fluxo
Aonde me leva o vento
E dou a mim mesmo o luxo
De captar cada momento
Eu sou apenas o tata
O que tem o corpo marcado
E o que fere ou que mata
É que tem me ajudado
E o brilho malvado da prata
Nos meus olhos está brilhando
Eu sou apenas quem reza
Pedindo que esteja tudo bem
Sabendo que o corpo pesa
Mas sem saber se há algo além
Que agora o sonho despreza
Não foi um dia assim porém...
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