terça-feira, 19 de outubro de 2021

Seu Eusébio


 Seu Eusébio,

poeta e barbeiro

(mais poeta ou mais barbeiro?

Não sei...)

Lenda viva

que não conheci...

Onde estão teus versos?

Os que conheceram

também já partiram...

A barbearia

(tão velha quanto tempo)

nem existe mais...

Mas os versos o universo gravou

(Muitos sonetos

que faziam 

dona Maria Augusta chorar...)

Tudo vai embora

e mesmo assim permanece...

Cadeiras na estreita calçada,

chapéu de palha,

festas na igreja de Neves,

a farra dos meninos...

A memória dos homens tão curta,

do tempo inapagável...

Boa noite,

Vô Eusébio...


(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...