Dor de cabeça. Insônia. Depressão. Tudo o que o cidadão precisa para viver bem! Tudo o que ele precisa para ovelha do rebanho! Ovelhas usando crachá. Balindo na mesma nota. Coro de castrati. E apesar de todos os prognósticos adversos dos grandes teóricos da conspiração amanhece.
Cada dia: uma primeira primícia. E requentamos a cada preocupação que o sono esfriou. Porque sonhos acabam morrendo. Pesadelos às vezes. Mas as últimas músicas da parada não. Esqueça a letra. Entender é tão perigoso quanto uma roleta russa. Tudo faz escola. Até as migalhas que os pombos degustam como gourmets que são.
Tosse comprida. Cigarros teimosos. Combustão. Tudo que o tempo traz na bandeja! Tudo que a rotina esfrega na nossa cara! Quem me dera fossem pubianos pelos dourados. Úmidos de safado tesão. Mas não são o que esperamos. E meu estômago contém mais relógios que os quadros de Dali: o dia corre.
Numa corrida de passos pequenos quase caindo. Mas cheios de uma ousadia quase socrática. Viva a matemática! Viva a prática! Viva a estática! E os corações em uníssono que me ferem sem saber. Estou ainda procurando ainda rosas azuis e só encontro moscas douradas. É o momento de apertar o botão. Puxar o gatilho. E cantar parabéns.
Bunda bonita. Seios durinhos. Mil putarias. Tudo quase um palavrão! Tudo quase o que eu quero! Nem mesmo os meus demônios sabem mais pecar. Porque pecados novos são patenteados todos os instantes. E os catálogos são meio que complicados. Toda boca calada é um túmulo aberto que se faz. Não há como escapar dos vendedores à domicílio: entardece.
E todas as tardes são frias mesmo quando faz calor. Eu adoro fazer contas inexatas como todo bom masoquista. Me torture me elogiando até que eu perca toda a paciência. Eu nunca matei ninguém. Mas os carnês de prestação são céleres assassinos com requintes de bondade. Cada qual no seu cada qual Manel Juvenal. Eu danço rumbas sobre as tumbas com Carmem Miranda me acompanhando.
Valha-me Deus. Valha-me os meus. Valha-me os seus. Tudo serve principalmente agora! Tudo escapa se lá demora! Tudo é língua estranha que se decora! Eu faço versos como quem corre. Eu faço versos como quem sorry. E lavo minha roupa com sabão em pó. As doidivanas são tão bacanas. E as Chiquitas mais ou menos. E eu tremo de suor: anoitece.
Eu sou o rei das receitas e dos novos venenos. É chato não ser mais chato do que se era. Cazuza que o diga. Os mortos saem afobadamente para um novo baile que os espera. Não há mais podridão para nossos narizes. Nem visagens para óculos comprados no nosso camelô favorito. Nem agulhas para passarmos os camelos. Até a diversão agora é divertida. De bipolar me tornei polar e bebo coca-cola pra dedéu.
Aconteceu virou acontecimento. A Bahia fica na outra esquina. Era pra ser sambão e não sabão. Tudo é Catatau eu Zé Colméia! Tudo se masca que nem chiclete! Tudo é dubiamente saudável! Até a doença nos é saudável. Porque as pessoas dos verbos foram suprimidas. Fale caralho mas não fale mais eu. Fale porra mas não fale mais você. Nós sim. Nós é coletivo individual de nos trabalhos forçados. Até a grande mágica de virar número.
Não há mais este dia...
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