quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Insaneana Brasileira Número 64 - Festa, Infesta, Não-Festa

Como tem pano. E muitas rodas mais que rodas num catiripapo insano. Sem sol por favor. Nem pensar. A realidade que vá pra lá de uma vez por todas. É marco zero. É floresta em movimento. E árvores sem argumentos possíveis. É o drama do drama do drama. E um perfomance zarolho de escapadas magistrais. Adjetivemos o que nunca dá. Rosas e rimas talvez. Sem muitas emoções. As pequenas se transformam em grandiosos nadas. E todos cantam maldições disfarçadas em coisas bonitas. Parecidamente iguais. Como não deveríamos ser. Causa náuseas. Mas existem remédios baratos que nos matam. Pílulas coloridas com o bom açúcar que não podemos tomar. Erramos nos cálculos e como foi bom. Eram os dons sobrenaturais de gurus nordestinos. Aí vem a catapora. E a febre do sarampo com trevas esculturais. Fechem as janelas. Que falte o ar e nos defenda da poeira do tempo. Cada linha mais difícil possível. Eu quero sangue. O sangue das noites que vivem dentro de nós. O sangue dos espelhos partidos em mil cacos. E os esquemas atômicos mais complexos que o brilho pode me dar. Era um tempo em novelas novas que estrearam amanhã e já envelheceram. Não há recordação que seja cem por cento feliz. O passar já nos machuca e muito. Só há vitórias desprovidas de qualquer sentido. O chá fumega nas xícaras e como levamos tempo pra aprender palavras obsoletas. Não existem ocasiões propícias pra grandes previsões. Não que sejamos pessimistas. Ainda rimos como quem dá tiros pra todos os lados. Franco-atiradores em frugal desespero. É irremediável o estado do paciente. Está condenado desde o princípio ao desejo. Desejos são muito maus. Quando acabam levam consigo suas vítimas. Tudo perde a graça. E as miçangas escapolem de suas ricas bijuterias. Eram contas vermelhas e azuis e de outras cores que não me lembro mais. O Paraíso manda lembranças. Nunca iremos pra lá. O relaxamento dos costumes é invisível. E as bundas de fora triunfarão. Tudo é como a maré que não vemos. E que nos leva e leva. O dragão é voraz. E como gostamos do fogo. As coisas que o mestre falou entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Comemos porcarias porque também somos. E um sono dos justos é artificialmente doce. Caem todos os objetos das prateleiras como num passe de mágica. E se não houve festa é porque não deveria ter...

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