domingo, 13 de novembro de 2011

Cinema Infinito


Cinema infinito e encontro. Em tão grande e grande tela. Mais que a vida. Porque a vida é só novela. Cinema da chuva que cai. Da cor que se transforma. Do amor que vem e que vai. Vai tomando outra forma. Cinema em preto e branco. Cinema que fere e é colorido. Em meu coração rude e franco. Em busca do tempo perdido. Cinema meu, cinema teu. Cinema do mundo, cinema nosso. O meu coração se perdeu. E nem chorar mais não posso. Cinema certo, cinema vago. De músicas pra nos guardar. Do gosto meio doce, meio amargo. Que ainda se espalha no ar. Cinema cheio de riso. Cinema triste, cinema sério. E se há coisas que ainda preciso. Estão lá, no meu cemitério. Cinema eu preciso de palmas. De gritos ou de assobios. Eu tenho em mim muitas almas. E as almas sentem seus frios. Cinema eu quero teu rosto. Que numa sessão se perdeu. Eu quero março, eu quero maio, eu quero agosto. E, afinal, diga que rei sou eu. Cinema te vejo cheiro. Cinema te sinto todo em mim. E uma febre tal qual desespero. Vai me tornando assim. Um ator que lê seu roteiro. Que chora e que ri sem saber. Qual é seu papel verdadeiro. E sabe somente morrer. Cinema eu queria te beijo. Queria, mas não quero mais. E a força que tinha o desejo. Morreu ou ficou para trás. Cinema bom, cinema bonito. Cinema certo, final de semana. Eu te guardei como quem guarda um rito. Minha aflição de entrar no Nirvana. Cinema perfeito e imperfeito. Sem dúvidas, nada à declarar. No final da sessão o suspeito. Tem tempo pra me matar. Cinema de toques, enfoques. Cinema que fala sim e diz não. Que fala de valsa, de rock. E os samurais do sertão. Cinema infinito e partida. Da cor que se perde e permanece. Cinema vivo e sem vida. Como minh'alma padece...

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