quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

De Barcos e Rumos

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Vários rumos e um só barco – você. Nada será diferente. Eu, o menino de olhos tristes e tortos e chegou a essa conclusão. E outras que o tempo ensina. Quais? Que o sonho só poderá ser sonhado e nada mais. Se ele se realizar, não será mais sonho e sim desengano. Deverá existir em seu peito enquanto você existir e mesmo quieto e tranqüilo, ainda assim, será um espinho que fere, mas que provocamos tal coisa.
O meu barco? Ainda navega, ora calmo, ora naufragando, na eterna procura do nada, na eterna ânsia de buscar algo que nem ao menos sabe o que é.
Poetas, cuidado! Não pensem em falar coisa alguma fora de si mesmos. Não pensem em terras distantes, nem monstros fabulosos. Não existem belas damas, nem cavalos alados. Reinos cobertos de ouro pelas calçadas, pedras preciosas em arcas de ferro. O tesouro maior se reduz a pequenas coisas que nunca virão. A nossa mão cabe o maior deles. Mas o mais precioso entre os dedos escorre.
Um dia eu pensei em rimas lindas e absurdas, mas o tempo corroeu tudo. Pensei em gritar, mas o silêncio foi a minha verdadeira voz. Pensei em rir, mas o choro comprou-me em cash.
Eu pensei em ser tanta coisa. Pensei em fazer tanta coisa. E larguei todas elas pelo caminho como se fosse chuva.
A solidão é um barco sem destino...

Um comentário:

  1. Adoro tudo que vc escreve,apesar de considerar seus escritos melancólicos,sombrios e tristes!Essa sua eterna busca em conhecer a si mesmo e se descobrir em cada detalhe da vida é fascinante,acho que já te falei sobre o quanto te considero inteligente e sensível!Bjus no seu coração!ADORO-TE!

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