domingo, 3 de março de 2019

Poema para Um Domingo de Carnaval Com Chuva

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Eu só escuto o barulho da chuva...
E na frente da tela do meu computador
Relembro dias que me levam tão longe...
Dias que eu era talvez até feliz
Mas desconhecia que assim era...
Dias de parque, sim senhor,
Quando a volta na roda-gigante
Era a coisa mais maravilhosa do mundo
Com tantas luzes tão coloridas
E o mar com seu mistério bem logo ali...
Dias de antigas fotografias, sim senhor,
Gato, tirolês, índio, palhaço, bate-bola
E muito mais coisas que ainda estão
Nesse pobre coração que teima em viver...
Dias de tanta gente querida 
Que partiram e me deixaram aqui só...
Um dia eu fui o menino de óculos
E de cara tão séria, enigmática, triste,
Hoje sou apenas mais um velho
Que desesperadamente segura versos
Para que eles não voem tão depressa...
Luzes dos paetês e das lantejoulas,
Com certeza, meus caros amigos,
Chuvas outras, confetes e serpentinas,
Canções que ainda ecoam nos meus ouvidos...
Talvez o amor que nunca tive
E que acho acabarei não tendo mesmo...
Eu escuto o barulho da chuva...
Uma hora ela há de cessar
Pois assim são todas as chuvas...
Mas o temporal de minh'alma talvez não...

(Extraído do libro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).

sábado, 2 de março de 2019

Pare O Sol!

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Pare o sol!
Pelo menos um minuto...
Preciso urgentemente da noite
É lá estão os caminhos
Que tenho que seguir
Na busca de certos sonhos
E do amor incerto
Que um dia perdi...

Pare o sol!
Pelo menos um minuto...
Preciso fechar os olhos
E descobrir de qualquer jeito
Se existe algum motivo
Para que esteja por aqui
E por aqui ainda permaneça
Mesmo de feridas abertas...

Pare o sol!
Pelo menos um minuto...
Cesse o meu canto
Cessem todas as brincadeiras
Desvio meu rosto do espelho
Esqueço a mágoa que tenho
É hora de saber de uma vez
Se o caminho continua ou não...

Pare o sol!
Pare! Ainda gosto de coisas impossíveis...

(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...