Enquanto eu fugia, um gato dormia num canto. E o pranto, era tudo que não queria. E hoje em dia, nem sei se quero ou não. E então espero aos poucos a morte. Ou a sorte como os loucos. Em outras rimas de pé quebrado. Esse lado, o outro lado, quem é que vai me dizer? Amar outro amor canalha, juntar as tralhas. Erros e falhas. Guerra e batalhas. Figuras raras. Sobraram somente as caras. Fotografias. Que fogem da luz do dia. Ave Maria! Parado! Ninguém se mexe. Prepare o flash. Capricha naquela pose. Vai ser em close. Vai ser um maior barato. Acorde logo esse gato. Lá vem o rato. O sonho derrota o fato. Não dê bobeira. Dê logo essa saideira. Pelo menos uma delas. Abra as janelas. O sol é meu convidado. Meu Pai amado. Que atura minh'alma escura. E com candura. Ternura que me faltou. Nem sei quem sou. A rosa e o lírio. A lira e o delírio. O destino malfeito. Não tem mais jeito. Causa e efeito. Dá dor no peito. Peito, pá e acém. É o que tem. Pegue esse trem. Me traga ele de boa. Não tem garoa. Não é legal. Eu bebo e passo mal. É o gadernal. É o começo de uma folia. Tou vivo mas quem diria. A mão tá fria. Toda mãe ou é ou já foi Maria. Comia o doce bem na calçada. Que hoje é nada. Só tem estrada. E onde ela vai dar? Último andar. Mas vejam só, mais que merda. O tombo não é a queda. Me beija, me faz carinho. Eu ando meio sempre sozinho. Essa flor também tem espinho. Eu leio mas não entendo. Porque veio já me querendo. E eu entendo se depois me dizer não. Como um ladrão. Dia de cão. É dia de não ter dia. E a lua já vem mais cedo. Prum samba-enredo. O engano não é mais ledo. Me negue Pedro. Que eu vim pra ser negado. Tá tudo errado. Parece que é novela. Deixa sequela. Acabou a cor da minha aquarela. Acenda a vela. Faz logo outra romaria. Foi putaria. Transformar em fogo a brasa. Não sai de casa. Que na rua pode ser assaltado. Na rua, na sua, na lua. Na rua da amargura. Na sua amargura. Na lua sem altura. Me atura. Eu sou assim mesmo. Dando tiros à esmo. Bebendo a vida pra não tê-la. Minha estrela. Por que fugiu de mim? Por que me deixou assim? A história não teve fim. Há flores mortas lá no jardim. Eu tenho Oi e você tem Tim. A gente veio pro desencontro. Esse é o confronto. Essa é a luta. Filho-da-puta. Feche as janelas. Lá vem a bela...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 14 de março de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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