O poeta está sujo
Sujou as mãos, sujou a cara
Sujou a alma neste mundo
Mas ninguém repara...
O poeta está sujo
De onde veio tanta sujeira?
São os seus sonhos
Que gritam à sua maneira...
O poeta está sujo
Cheio de andrajos, maltrapilho
Sua fome é bem mais
Quer de sua estrela o brilho...
O poeta está sujo
Não há como se limpar
Toda a sua fantasia
É como fuligem no ar...
O poeta está sujo
Sujou as mãos, sujou os pés
Porque discorda da covardia
E quer viver ao invés...
(Do livro "Só Malditos" de C.A.)
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