domingo, 22 de outubro de 2017

O Poeta Está Sujo

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O poeta está sujo
Sujou as mãos, sujou a cara
Sujou a alma neste mundo
Mas ninguém repara...

O poeta está sujo
De onde veio tanta sujeira?
São os seus sonhos
Que gritam à sua maneira...

O poeta está sujo
Cheio de andrajos, maltrapilho
Sua fome é bem mais
Quer de sua estrela o brilho...

O poeta está sujo
Não há como se limpar
Toda a sua fantasia
É como fuligem no ar...

O poeta está sujo
Sujou as mãos, sujou os pés
Porque discorda da covardia
E quer viver ao invés...

(Do livro "Só Malditos" de C.A.)

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