quinta-feira, 21 de julho de 2016

Insaneana Brasileira Número 103 - Vem Cá Minha Boa

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Vem cá minha boa! Não se apreocupa com o tempo nom Ele passa em passinhos de anão e nem vimos... Se galopa às vezes foi puro susto e aí babau né? Nem na mão se pega mais... Vamos fazer nossas coisitas e engavetar tudim pra alguém despois de amanhã pegar tudo e sei lá mais o que... 
Vem cá minha boa! Café não! Chá é mais chique na xícara deixa a chávena de lado! Arabice hoje nom Talvez amanhã mais descansadamente minha santa Ziquinha Tamo rindo das figurança do joguinho dessa tela malquedita somenos... 
Vem cá minha boa! Temos tanto que rir nesse fim sem espera... Acabou acabou... O medo ficou lá pra trás em qualquer curva de ânsia e espeto... Não temos que temer nada só o temor... Eu nasci da noite e todo mundo também nasceu... Escuro só...
Vem cá minha boa! Quem disse que estamos aqui cegamente em nuvens contando carneirinhos? As pernas é que falham... O riso ainda comanda as bocas e os olhos também... Bocas e olhos são o suficiente pra qualquer festa... Uma festinha de cada vez... Até festa de um só serve...
Vem cá minha boa! A sala e a varanda são os melhores templos... E a cama o ateliê de arte... Sono todas as vezes minha cara Ziquinha... Onde estamos? Na beirada do vulcão em descanso... Mas o descanso pode acabar de repente... E aí é aí... Sem problema algum... Tudo no mundo é o mundo...
Vem cá minha boa! Esqueçamos quando a tintinha tava nova na parede... A parede também estava nova... Cada vento com seu zumzum e daí? Fui eu que quebrei a vidraça sim e adaí? Caetano sim e Gil não... Nem me fale desses ventos malinos... Tudo muito mais...
Vem cá  minha boa! Mais e mais...

terça-feira, 12 de julho de 2016

Não Foi Amor


Não foi amor... Foi saudade...
Daquelas que nos deixa doentes
Que meu dedos ficam dormentes
E meu coração pela metade...

Não foi amor... Foi maldade...

Uma maldade sem ter pretensão
De causar qualquer destruição
Apenas sem ter felicidade...

Não foi amor... Foi malícia...

Uma malícia feita de pureza
Contrariando a sua natureza
Porque faltava talvez perícia...

Não foi amor... Foi natureza...

Eu queria apenas um beijo
Quando muito mais um desejo
De quem não tinha beleza...

Não foi amor... Foi tamanho...

Tudo em minha volta crescia
Sem ser noite e sem ser dia
Tudo conhecido e estranho...

Não foi amor...

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Poema do Beco


O beco não era apenas
Um esconderijo de sonhos.
Era muito mais do que isso.
Era o destino dos pequenos
E de todos os noturnos seres.

O beco não era apenas

Uma caverna na cidade.
Cavernas podem ter fim.
O fim de um era começo
De outro e assim assim.

O beco não era apenas

Um pedaço de humana sujeira.
Homens são sujos e limpos.
Tudo é a sua própria contraface
E apenas corremos do medo.

O beco não era apenas

Um espelho mais feio.
Espelhos quase sempre quebram.
Uma eternidade mesquinha
Nasceu ali e não foi embora.

O beco não era apenas

Uma alcova ao céu aberto.
Se gozo e gemido eram silêncio.
Cada mínima pegada 
Era começo de uma caçada.

O beco não era apenas

O meu e o seu e o nosso refúgio.
Foi a escuridão dos meus olhos.
Olhos perdidos numa profundidade
Como um mar sem fim...

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...