Maravilha, maravilha,
Teu corpo, insondável ilha
Em que chego ao porto
Quase morto
E não quero sair mais
Quem me tira? Quem me tira?
Não é verdade nem é mentira
Apenas sonho
De um tristonho
Me deixe em paz
Maravilha, maravilha
A minha morte do sonho é filha
Do sonho que nunca veio
Bonito ou feio
Ficou pra trás
Por mais que eu ria e que ria
Nem eu queria
Fazer-te o mal
Era carnaval
Te deixo em paz
Maravilha, maravilha
São quantas milhas?
Tempo e espaço pra aportar
O relógio vem te acordar
Nada mais...
(Sepetiba, 18 de abril de 2010)